NRF 2024 começa com ênfase no cliente e na sustentabilidade

Com a abertura do evento ficando por conta de John Furner, presidente da NRF (National Retail Federation) e CEO da Walmart, a maior feira de varejo do mundo iniciou os trabalhos neste domingo, dia 14, no Javits Center. Segundo Furner, 2023 será conhecido como o ano da resiliência. Desafios como juros alto, inflação e crises globais fez o varejo não desistir da sua busca, além de dar um passo adiante em direção a antecipação de tendências do setor, beneficiando o consumidor.

Seguindo nesta ideia de colocar o cliente como foco central, , Ian Bailey, diretor executivo da Kmart Group, da  Austrália, relatou em sua palestra que a empresa que passa por reestruturação precisa começar pelo básico. “Acima de tudo, os varejistas precisam começar pelo simples e fazer bem feito”.  E completou. “Produtos bons e que sirvam seus clientes é o princípio. Depois o design do produto, para então ficar na variedade do item.  Só após esses detalhes que a empresa faz a migração do foco no produto para o foco no consumidor”, relatou. O grupo tem mais de 450 lojas e é líder de mercado de vestuário na Austrália.

Vendas a partir das redes sociais

E gerar vendas a partir do interesse do consumidor, como que faz? No painel “Novas oportunidades de mercado: Monetizando a personalização através da mídia de varejo”, Alberto Serrentino, Fundador da Varese, Fernando Yunes, VP Sênior do mercado livre e Marcelo Pimentel, CEO do Grupo Pão de Açúcar debateram como gerar receitas com informações vindas das redes sociais. A convergência entre conteúdo, mídia e varejo está originando um serviço inovador para quem vende. Projeta-se nos próximos anos um investimento inferior do que vem ocorrendo em publicidade tradicional. O GPA e o Mercado Livre falaram sobre a necessidade de entender o comportamento dos consumidores e ter dados qualificados para oferecer jornadas personalizadas com base no que cada indivíduo tem interesse. Isso gera tráfego e interesse no consumo do que você tem a oferecer.

Práticas empresariais com foco na sustentabilidade gerou a conversa entre Michael Jeschke, gerente de varejo e consultor da Deloitte, e Steven Williams, CEO da Pepsico. Empresas de varejo enfrentam a necessidade dominante de adotar práticas sustentáveis. A Frito-Lay e a Quaker exemplificam o equilíbrio entre atender às preferências dos consumidores e aderir aos critérios ESG. Considerações essenciais incluem transparência na comunicação de esforços sustentáveis, inovação em produtos eco-friendly, responsabilidade na cadeia de suprimentos, adaptação às preferências do consumidor e engajamento ativo com as comunidades locais. É preciso agilizar as etapas para efetuar as mudanças positivas para as pessoas e o planeta.

Para finalizar um dia repleto de conteúdo de qualidade, uma das apresentações mais esperadas neste 1º dia. Michelle Evans, líder da Euromonitor Internacional, empresa de estrutura de varejo e consumo digital, trouxe ao público as cinco principais tendências de consumo para 2024:

E-commerce Intuitivo: Crescente demanda por jornadas de compra simplificadas e personalizadas, impulsionadas pela IA. Varejistas precisam adotar tecnologias emergentes, como a IA generativa, para melhorar a experiência do cliente.

Economia TikTok: O TikTok evolui de plataforma de vídeos virais para criação coletiva, influenciando especialmente a geração Z. Empresas devem entender as tendências do TikTok, considerando seu impacto nas vendas e observando plataformas concorrentes como o ByteDance.

Presença ‘Smart’ Online: Consumidores utilizam plataformas de comparação de preços, independentemente da aprovação formal das empresas. As empresas devem formar parcerias, aprimorar plataformas proprietárias e decidir estrategicamente como lidar com esse comportamento.

Revenda 2.0: A digitalização, preocupações sustentáveis e pressões financeiras transformam o mercado de revenda. Empresas devem considerar a entrada ou expansão nesse mercado, simplificar o processo e comunicar efetivamente iniciativas sustentáveis.

Retornos Renovados: Devoluções de produtos se tornam estratégicas para a fidelização de clientes. Empresas devem facilitar o processo de devolução, oferecer uma experiência positiva e investir em formas inovadoras de capacitar os consumidores.

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