NRF Big Show: o fim do e-commerce

O digital se tornou regra e é indiscutivelmente o principal canal da jornada do consumidor até o momento da compra

Aqui na NRF Big Show, em Nova York, estão comigo nada menos que 1,834 mil brasileiros,…

O digital se tornou regra e é indiscutivelmente o principal canal da jornada do consumidor até o momento da compra

Aqui na NRF Big Show, em Nova York, estão comigo nada menos que 1,834 mil brasileiros, formando a maior delegação internacional da feira, que ao todo conta com mais de 30 mil participantes. As seções/palestras aqui dividem-se em 7 temas: (1) Varejo Digital, (2) Estratégias Globais, (3) Marketing, (4) Merchandising, (5) Mobile, (6) PDV, e (7) Tecnologia. Sim, mobile é um tema central, tão discutido quanto PDV. Para um bom entendedor, meia palavra basta.

Nas palestras dos dois keynotes, James Curleigh, CEO da Levis e Stephen Sadove, CEO da Saks, é impossível passar mais de 5 minutos sem ouvir palavras como omnichanel, mobile, internet e data. Por aqui, ninguém mais fala desses assuntos como se fossem inovação ou objeto de teste para melhorar de alguma maneira a experiência do consumidor. O digital (e-marketing, e-commerce, omni-chanel, mobile, etc) se tornou a norma e indiscutivelmente o principal canal da jornada do consumidor até o momento X em questão, a compra.

Então sai de cena o e-commerce e entra o digital como um todo. Isso porque 78% das vendas ainda acontecem nas lojas físicas, porém 84% delas (segundo a Deloitte) são influenciadas por “touchpoints” digitais. Como disse Matthew Shay, Presidente da NRF, “a revolução digital é a maior mudança do varejo mundial dos últimos 25 anos. É um caminho sem volta e daqui para frente o consumidor será cada vez mais digital”. E isso não quer dizer necessariamente que as lojas físicas irão sofrer (até porque 95% das pessoas ainda compram nelas), e sim que a forma de comunicação do varejo brasileiro com o consumidor terá que mudar, terá que ser mais digital. Só não enxerga isso quem não quer. Do ponto de vista prático, o varejo brasileiro só investe em internet com a mentalidade de fazer vendas diretas via e-commerce e isso vai mudar. Varejistas já deveriam estar investindo uma boa parte (pelo menos 30%) do seu orçamento de marketing no digital, pois é exatamente neste canal que o consumidor está escolhendo onde e como comprar.

Alguns números importantes até agora (Gatner e Deloitte):

– 75% dos consumidores afirmaram que informações sobre produto vistos nas redes sociais influenciaram o comportamento de compra e aumentaram a fidelidade a marca;

– 84% dos consumidores afirmam que antes de fazer uma compra na loja utilizam o digital para melhorar a experiência de compra;

– Consumidores que se engajam com a marca no digital são 21% mais rentáveis do que aqueles que usam apenas um canal da marca.

Conclusão: o digital não é e-commerce ou marketing, não é saber fazer um post bonito no Facebook ou uma boa campanha de links patrocinados. Não é ter um bom e-commerce fazendo vendas ou colocar o comercial de televisão no YouTube. O digital muda tudo e deve estar no DNA da empresa, o que chama a maioria das empresas para um choque de cultura e mudança drástica de comportamento. Nossos consumidores já são digitais, resta agora saber o quão rápido as empresas conseguirão acompanhar este movimento.

Veja também

    PesquisaNoticias

    Levantamento do Sindilojas Poa revela crescimento do comércio de vizinhança no R...

    Veja mais
    Noticias

    Edição especial do Menu Poa apresenta pautas do comércio para o futuro da capital

    Veja mais
    Noticias

    Programação de atividades desta semana para as obras no Centro da capital

    Veja mais
    Noticias

    Último dia para confirmar presença no MENUPOA especial sobre Eleições Municipais

    Veja mais