“O Brasil tem o que precisa para virar o jogo do varejo, que é a criatividade”, defende o futurista Peter Kronstrøm

Head do Copenhagen Institute For Futures Studies Latin America palestrou nesta quinta-feira, 25, na 10ª Feira Brasileira do Varejo

Crédito: Larry Silva

Em palestra com o tema “O futuro do varejo e os novos perfis de consumo”, Peter Kronstrøm provocou os varejistas a não ficarem acomodados, fazendo mais do mesmo, em suas empresas. O head do Copenhagen Institute For Futures Studies Latin America comandou a apresentação na tarde desta quinta-feira, 25, durante a 10ª edição da Feira Brasileira do Varejo (FBV), realizada pelo Sindilojas Porto Alegre.

Entre as poucas certezas que o futurista possui está a de que as mudanças que virão nos próximos dez anos devem ser radicais. “Pensem comigo: em 2013, vivíamos uma época em que o smartphone nos oferecia recursos totalmente diferentes dos de hoje e o Facebook era uma febre. Atualmente, dez anos depois, a rede mudou, expandiu, possui até loja. Daquele momento para agora, o varejo explodiu”, observou, comentando que antes tudo era muito mais fixado no ponto de venda físico e nos canais tradicionais e que hoje “há um varejo que pensa com o coração dos seus clientes”.

Peter alertou que a velocidade das mudanças é tão grande que até mesmo tecnologias recentes, como o metaverso, assunto que estava em alta no mundo todo no ano passado, já foi quase cancelado. “Como futurista, afirmo que não existe uma receita milagrosa que vai ajudar a sua empresa a se preparar. É preciso pensar, em primeiro lugar, que o futuro não existe. Ele é o presente e é necessário descobrir a sua essência, a sua maneira de fazer as coisas”, aconselhou.

A respeito do varejo brasileiro, o estudioso defendeu que o país tem as cartas na manga para ser uma das potências do setor a nível mundial. “O Brasil está anos-luz na frente de muitos lugares, com a diferença que aqui existe algo que falta em muitos países, até mesmo da Europa, que é a criatividade”, frisou. Nessa mesma linha, o futurista destacou, entre os pontos fortes do empreendedor brasileiro, o otimismo e a garra. “Mesmo com todas as barreiras, no final, as coisas dão certo por aqui”, disse.

Para Peter, mesmo que existam algumas previsões, é importante entender que não há receita certa para o futuro. No entanto, passou a mensagem de que, independentemente de tempo, tipo de empresa ou segmento, os varejistas precisam ter uma postura protagonista em seus negócios. “Não há segredo, é preciso estar preparado, ser resiliente, ousado e aberto para tudo”, finalizou.