O projeto da Capital

Ao credenciar o projeto do metrô de Porto Alegre junto ao Ministério das Cidades ontem, a prefeitura definiu traçado e contrapartidas para viabilizar a construção de quase 15 quilômetros de trilhos…

Ao credenciar o projeto do metrô de Porto Alegre junto ao Ministério das Cidades ontem, a prefeitura definiu traçado e contrapartidas para viabilizar a construção de quase 15 quilômetros de trilhos subterrâneos ligando o Centro Histórico à Zona Norte. A expectativa é de que a presidente Dilma Rousseff anuncie em junho a obra, que começaria no ano que vem, com início das operações comerciais em 2017. Depois de cumprido o último rito da fase prévia do projeto do metrô de Porto Alegre, os olhos dos gaúchos se voltam para Brasília. Sonhada há 21 anos, a construção de trilhos subterrâneos como alternativa para desafogar o trânsito na superfície deverá ser anunciada em 12 de junho pela presidente Dilma Rousseff como uma das obras que receberão recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Na tarde de ontem, seis dias antes do prazo final, a proposta foi credenciada junto ao Ministério das Cidades via internet. O prefeito José Fortunati reuniu, no Salão Nobre do Paço Municipal, autoridades de diversas esferas para demonstrar unidade política em favor do projeto. – O metrô unifica todos nós – afirmou Fortunati, ladeado pelos presidentes da Câmara dos Deputados, Marco Maia, da Assembleia, Adão Villaverde, e da Câmara de Vereadores, Sofia Cavedon, e do secretário estadual do Planejamento, João Motta, representando o governador Tarso Genro.

Para não extrapolar o teto de R$ 2,4 bilhões imposto pelo governo federal, o prefeito José Fortunati optou por retirar da primeira fase o trecho que liga a Borges de Medeiros ao bairro Azenha. Com isso, foi alongado o traçado na Avenida Assis Brasil, para contemplar uma área de garagem e manutenção dos trens. O trecho excluído poderá ser executado em uma segunda fase, a partir do fim da década. – O traçado definido é o mais adequado porque é o corredor mais denso que a cidade tem. A extensão até a Fiergs beneficia também Alvorada, Cachoeirinha e Gravataí. E isso conta para que o projeto seja contemplado. Se ficasse restrito a Porto Alegre, poderia ficar de fora do PAC – avaliou o engenheiro civil João Hermes Junqueira, professor de Trânsito e Transportes da Unisinos.

Obras podem ter início em meses

A primeira fase terá 14,88 quilômetros de extensão, com 13 estações. O trajeto deve ser subterrâneo, sob corredores de ônibus, mas há possibilidade de o trecho entre as estações Triângulo e Fiergs ser elevado, nos moldes da Trensurb em São Leopoldo. O projeto tem custo total estimado de R$ 2,4 bilhões, dos quais R$ 1,5 bilhão sairiam do Orçamento Geral da União. O governo do Estado ofereceu isenção de ICMS para a execução das obras na ordem de R$ 243 milhões, exigindo em contrapartida a contratação de mão de obra da Região Metropolitana dentro do possível, preferência por fornecedores gaúchos na compra de insumos e participação nos licenciamentos ambientais. A prefeitura entrará com isenção de ISSQN, estimado em R$ 22 milhões, e contrapartida de R$ 300 milhões, diluída em 15 anos. O montante a ser financiado pelo setor privado é de R$ 323 milhões. Se confirmado o recurso, o projeto básico deverá ser concluído em oito meses. As obras poderiam começar ao longo do ano que vem, com início das operações em 2017. O consórcio que vencer a licitação executará a obra em período de cerca de cinco anos e receberá concessão para operar o sistema durante 35 anos. Será criada uma empresa pública para administrar o metrô.

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