Orelhões podem dar acesso à internet

Populares no passado, telefones públicos perderam terreno para o celular

Aproveitar a rede praticamente ociosa de telefones públicos para fornecer acesso sem fio à internet é uma das alternativas consideradas para resgatar os orelhões. Muito usadas em uma época de telefonia cara e inacessível a grande parte da população, as estruturas perderam a popularidade com a telefonia celular.

Hoje, já existem mais linhas de telefone móvel do que habitante no país. O novo desafio consiste em permitir a mesma disseminação do acesso à internet. A Oi, que controla 824 mil dos 1,1 milhão de telefones públicos existentes no Brasil, testa a possibilidade de fornecimento de internet em um raio de 50 metros a partir de suas cabines. A rede ficaria acessível a qualquer pessoa com um dispositivo portátil – notebook, smartphone ou tablet. A receita viria da venda de espaços publicitários nas cabines – nesse caso, o acesso seria grátis – ou da venda de cartões pré-pagos que permitiriam a conexão. Apesar de atrativa, a ideia já recebe resistência.

– Os limites para expandir o orelhão para outros serviços são grandes. O orelhão está usando um espaço público e tudo o que interfere no uso desse espaço cria polêmica – adverte Eduardo Tude, presidente da Teleco, consultoria da área de telecomunicações.

Isso aconteceu no Rio de Janeiro, onde nove cabines de acesso grátis à internet foram instaladas como parte de um projeto piloto. Depois de uma semana, a Oi foi obrigada a suspender os testes, porque a prefeitura do Rio recebeu reclamações dos moradores, que consideraram negativo o impacto visual das novas cabines.

Para se instalar em Porto Alegre, os novos orelhões precisariam ser aprovados pela prefeitura. Segundo informações do gabinete de Planejamento Estratégico, está sendo formulada uma licitação para contratar um serviço especializado que regulamentará a questão da publicidade em espaços públicos. A empresa teria de esperar até o estabelecimento de novas regras.

Por nota, a Oi informou que “o projeto, que prevê implementação gradativa, deve ser submetido ao exame de adequação das diretrizes das prefeituras que regulam ordenamento público do mobiliário urbano municipal.” Conforme a empresa, a tecnologia passa por testes. E ainda não há um cronograma de implementação em outras capitais.

No Brasil existem 1,1 milhão de telefones públicos, dos quais 824 mil são da Oi.

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