Para Fecomércio-RS, manutenção da Selic visou aguardar sinais mais robustos da economia
O Banco Central decidiu na noite de ontem manter a taxa Selic em 8,75% ao ano. Conforme comunicado, os motivos que levaram a esta decisão do Copom foram as perspectivas para a inflação em relação à…
O Banco Central decidiu na noite de ontem manter a taxa Selic em 8,75% ao ano. Conforme comunicado, os motivos que levaram a esta decisão do Copom foram as perspectivas para a inflação em relação à trajetória de metas. Para o Copom, a manutenção da taxa Selic no mesmo patamar da reunião anterior leva em conta a flexibilização da política monetária implementada desde janeiro e, por outro lado, considera a margem de ociosidade dos fatores produtivos, entre outros fatores.
Na visão do presidente do Sistema Fecomércio-RS (Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do RS), Flávio Sabbadini, a manutenção da taxa de juros foi uma medida comprometida com a estabilidade de longo prazo da economia brasileira. “Mesmo com queda na expectativa de inflação, o Copom manteve sua posição, muito provavelmente, para aguardar sinais mais robustos na atividade econômica do país, o que possibilitará mudanças no comportamento da inflação.” Para Sabbadini, na medida em que os prazos de vigência dos incentivos fiscais forem terminando, naturalmente a cesta de consumo dos brasileiros ficará mais cara, o que pode levar a um aumento na inflação no próximo ano.
O economista da Fecomércio-RS, Pedro Ramos, avalia que a decisão do Copom ficou dentro da expectativa do mercado. “Foi a reunião mais previsível dos últimos seis meses. O Copom teve como fatores para esta decisão os sinais ainda modestos apresentado pela economia. Além disso, o efeito das últimas quedas dos juros não foi completamente difundido, já que existe uma média de pelo menos seis meses para que toda a cadeia produtiva sinta seus efeitos”, disse Ramos.