Para um novo Brasil

Com a eleição do novo governo para o país, a análise que se faz é sobre qual seria o grande desafio para manter a estabilidade econômica conquistada após décadas de lutas. Resposta fácil, a princípio….

Com a eleição do novo governo para o país, a análise que se faz é sobre qual seria o grande desafio para manter a estabilidade econômica conquistada após décadas de lutas. Resposta fácil, a princípio. O principal objetivo do novo inquilino do terceiro andar do Planalto na economia é manter o tripé já conhecido – metas de inflação, câmbio flutuante e superávits fiscais –, apontado como o grande responsável pelo crescimento estável que o país teve nos últimos anos.

Mas, sozinho, esse tripé não conseguirá garantir o desenvolvimento para fazer frente aos grandes desafios que o Brasil precisa enfrentar. Uma série de medidas deve ser adotada para assegurar que as conquistas não corram riscos.

Uma das primeiras seria enfrentar a valorização da moeda brasileira. Na sexta-feira, o dólar fechou a R$ 1,681, a mais baixa cotação desde setembro de 2008. Se tem gente que gosta do dólar baixo para programar investidas no Exterior e importar produtos mais em conta, de outro lado, a conta é pesada. Não avançamos no mercado externo, pilar de uma economia desenvolvida, e a indústria fica em posição de desvantagem diante dos concorrentes estrangeiros.

Real em alta é questão difícil de resolver. O país continuará a receber investimentos do Exterior, muitos com obras de infraestrutura que começam a ser tocadas para a Copa do Mundo e a Olimpíada. É o que também acabamos de ver com a capitalização da Petrobras.

À espera do presidente, está uma definição da taxa de juro, ainda campeã do mundo, que precisa ser calibrada para controlar a inflação. Juros reais altos travam investimentos e deixam a dívida pública ainda mais sem controle.

Em um país onde se trabalha cinco meses por ano só para pagar impostos, reduzir a carga tributária é urgentíssimo. Combinada com a reforma tributária, a medida teria efeitos imediatos em maior dinamismo na economia. Mais produção, vendas e emprego seriam efeitos em curto prazo.

Não são poucos os setores que enfrentam obstáculos para encontrar empregados com a qualificação técnica exigida. Se algumas dessas medidas forem logo atacadas, daqui a quatro anos estaremos festejando, novamente, inflação controlada, mais milhões deixando a miséria para trás, emprego atendendo aos desafios da nova economia e, o melhor, uma sociedade muito mais civilizada.

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