Patrícia Palermo apresenta panorama econômico e oportunidades para o varejo no Café com Lojistas
Economista-chefe da Fecomércio-RS falou sobre as possibilidades de crescimento dos negócios a partir das projeções para os próximos anos
Na manhã desta quarta-feira (23), o Café com Lojistas recebeu a economista-chefe da Fecomércio-RS, Patrícia Palermo, para falar sobre as possibilidades de crescimento dos negócios no atual cenário econômico. Para ela, não há apenas um método, pois é preciso de um conjunto de pequenas ações a serem feitas cotidianamente para que as empresas sejam moduladas em busca de um melhor resultado.
Com um panorama inicial sobre o cenário econômico, a palestrante destacou alguns dos motivos pelos quais a retomada da crise brasileira tem sido diferente das anteriores. Entre eles, está o fato de que há muita ociosidade nas empresas, ou seja: mesmo com a melhora na economia, a criação de empregos vai demorar. “A partir de análises como essa, a expectativa é que sigamos até aproximadamente 2023 com a taxa de desemprego na casa de dois dígitos”, informou.
Ainda pensando nos próximos anos, Patrícia trouxe outras previsões, como crescimento lento, desocupação elevada, inflação sob controle, juros baixos e uma agenda de reformas com resultados a médio ou longo prazo, com pequenos suspiros a curto prazo, como a liberação do FGTS. Já na realidade do varejo, o cenário será de manutenção do número de consumidores e aumento da concorrência. “Por isso, não falhar com quem já é cliente hoje é o maior acerto”, comentou.
A partir disso, a economista elencou processos importantes em que os empresários precisam atuar para ter sucesso nesse ambiente futuro: a contratação de pessoas que gostem de varejo, treinamento constante por parte da empresa, conhecimento profundo do cliente, mix adequado aos gostos do público (e não do dono) e correta gestão financeira, separando as finanças pessoais do caixa da loja. "As coisas acontecem dia após dia, as mudanças também. Às vezes a gente espera um crescimento econômico fantástico para crescer também, e torce para as crises acabarem. Mas a gente não olha para o nosso próprio negócio e não corrige as próprias falhas. Com a correção dos nossos próprios erros, quando a atividade econômica minguar, nosso negócio está mais protegido. E quando a atividade econômica se expandir, a gente cresce mais ainda", concluiu Patrícia.