Pesquisa aponta leve diminuição do percentual de famílias gaúchas endividadas

O percentual de famílias gaúchas endividadas apresentou uma leve diminuição em março na comparação com o mesmo período do ano passado, passando de 52,2% para 51,9%. Considerando sua média em 12 meses, o…

O percentual de famílias gaúchas endividadas apresentou uma leve diminuição em março na comparação com o mesmo período do ano passado, passando de 52,2% para 51,9%. Considerando sua média em 12 meses, o endividamento manteve-se estável em março de 2015, em 55,6%. Os dados constam da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor – PEIC-RS, divulgada pela Fecomércio-RS nesta terça-feira (31). O levantamento ouviu 600 famílias em Porto Alegre.

“Há muito tempo em tendência de queda, o nível de famílias endividadas mostra sinais de estabilidade. Fatores como a desaceleração do consumo e do crédito nos últimos meses, associados à inflação elevada, ao aumento de juros, à diminuição da confiança das famílias e ao crescimento da precaução do lado da oferta, contribuem para o controle do endividamento”, destaca Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS. Segundo o dirigente, o menor endividamento registrado no período recente tem contribuído para manter a inadimplência sob controle até o momento.
De acordo com a PEIC-RS, a parcela da renda das famílias comprometida com dívidas, na média em 12 meses, registrou um recuo sutil, saindo de 30,3% em fevereiro para 30,2% em março deste ano. O tempo de comprometimento com dívidas, na média em 12 meses, apresentou leve aumento, ao passar de 7,5 meses em fevereiro último para 7,6 meses em março. O cartão de crédito continua sendo o principal meio de dívida, detida por 78,9% dos endividados, seguido por carnês (27,0%) e cheque especial (17,5%).

Também o percentual de famílias com contas em atraso apresentou diminuição na divulgação de março deste ano (19,2%) na comparação com março do ano passado (22,8%). Na média de 12 meses, o indicador registrou recuo, saindo de 21,9% em fevereiro de 2015 para 21,6% em março.

O percentual de famílias que não terão condições de regularizar nenhuma parte de suas dívidas em atraso no horizonte de 30 dias – o que sinaliza o grau de persistência da inadimplência – atingiu 8,6% na divulgação de março deste ano, crescendo em relação ao mesmo período do ano passado (7,1%). Analisando sua tendência, avaliada pela média em 12 meses (6,8% em março de 2015), o indicador mostra alguma elevação nos últimos meses, sem atingir, contudo, patamares preocupantes.

“De modo geral, os indicadores de endividamento e inadimplência se encontram em patamares saudáveis. Frente à piora do cenário econômico que vem se desenhando, entretanto, uma parcela crescente das famílias que estão com contas em atraso tem dificuldades de sair dessa situação no curto prazo e precisamos estar cada vez mais atentos a qualquer sinal de aumento na inadimplência”, avalia Luiz Carlos Bohn.

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