Pesquisa Fecomércio-RS avalia as formas de pagamento priorizadas pelos empresários gaúchos

Aumento da inadimplência, vendas retraídas e consumidores desconfiados. Um período de baixa econômica vivenciado desde o final do ano passado pelo Brasil e restante dos países resulta em algumas…

Aumento da inadimplência, vendas retraídas e consumidores desconfiados. Um período de baixa econômica vivenciado desde o final do ano passado pelo Brasil e restante dos países resulta em algumas modificações na maneira como os empresários gerenciam seus negócios. E a forma de pagamento escolhida pelo consumidor na hora de saldar as suas contas pode ter diferentes efeitos na rotina dos negócios. Na tentativa de conhecer as demandas dos empresários, a Fecomércio-RS (Federação do Comércio de Bens e de Serviços do RS), por meio do Instituto Fecomércio de Pesquisa – Ifep, pesquisou 550 gestores de empresas de 11 regiões gaúchas e buscou entender quais as formas de pagamento priorizadas pelos empreendedores. O “Quesito Especial 3 – Formas de Pagamento”, que fez parte da pesquisa de expectativa dos empresários, mostrou que não há consenso quando se fala em formas de se pagarem bens e serviços no Estado.

O resultado ficou bastante dividido, já que enquanto 44,4% dos empresários disseram que priorizam alguma modalidade específica de pagamento, a maioria, ou 54,9%, disse não ter preferência. Daqueles que estão enfocando algum tipo de pagamento, seja por comodidade ao cliente ou por facilitação da rotina da empresa, em resposta múltipla a maioria (64,8%) escolheu o cartão de crédito, seguido pelo cartão de débito (37,7%), crediário/carnê (23,8%), cheque pré-datado (9,8%) e prazo maior (4,5%).

Conforme a avaliação do assessor econômico da Fecomércio-RS (Federação do Comércio de Bens e de Serviços do RS) Carlos Cardoso, cada meio específico de pagamento proporciona um tipo de benefício ao consumidor e também ao empresário. “Parece muito claro que a escolha por cartão atua muito como uma forma de se evitar a inadimplência, que começa a se mostrar como um crescente problema para os negócios. Por outro lado, o carnê cria um elo com o consumidor, que volta à loja para saldar a prestação e fica disponível para novas compras”, diz. O economista ainda lembra que o uso do cheque tem acontecido mais em compras de grande valor, e que em gastos menores está perdendo a preferência. Já o pagamento à vista agiliza o capital de giro da empresa, o que é primordial em um período como este. Cardoso alerta que, no final das contas, os negócios precisam conhecer todas as formas de pagamento, e para priorizar algum deles é precisa conhecer seu impacto e verificar se atende às necessidades vivenciadas pela empresa.

Ele cita exemplos de situações em que vendedores forçam uma compra à vista em dinheiro, oferecendo descontos que podem chegar a 30%. Para o economista, eles fazem isso devido aos custos e às taxas administrativas que estão envolvidos nas compras com cartão. “Entretanto, somando essas taxas e o custo de esperar o dinheiro entrar no caixa, já que as administradoras têm um prazo médio de 30 dias para depositar o dinheiro das compras no crédito, fica em média 12%. Ou seja, 30% de desconto para que se pague em dinheiro acabaram gerando uma perda expressiva de lucro na venda quando comparado aos 12% do cartão”, finaliza.

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