Planalto fixa ajuste do IR em 4,5%
Perto de ser encerrada a novela do salário mínimo, o próximo passo da presidente Dilma Rousseff é corrigir a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). A tendência é de que ela seja reajustada em…
Perto de ser encerrada a novela do salário mínimo, o próximo passo da presidente Dilma Rousseff é corrigir a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). A tendência é de que ela seja reajustada em 4,5%, correspondente à meta de inflação para este ano.
No Planalto, a orientação é não negociar o índice. O problema é que as centrais querem correção de 6,47%, correspondente à inflação de 2010 medida pelo INPC, o mesmo que corrigiu o mínimo e as aposentadorias.
Além disso, o governo está inclinado a tratar do reajuste apenas para 2011. Não se cogita fixar uma regra até 2015, como sugeriram os sindicalistas, para manter uma simetria com a política de valorização do salário mínimo. A ideia é calibrar, a cada ano, a renúncia de receita que poderá ser feita em benefício dos contribuintes. Em 2011, por exemplo, a perda de arrecadação decorrente da correção da tabela será da ordem de R$ 2,2 bilhões.
Apesar da posição fechada, o Planalto acena com diálogo. Na terça-feira, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) disse ao deputado Paulinho da Força (PDT-SP), presidente da Força Sindical, que queria conversar. – Eu disse a ele que só teria reunião se houver margem para negociação – disse o deputado.
A correção da tabela tornou-se uma bandeira importante para os sindicatos porque a maior parte das categorias conseguiu reajuste na casa dos 10% no ano passado e parte desse ganho vem sendo apropriado pelo Leão.