Porto Alegre e a informalidade nas ruas

É hora de a gente, como sociedade, criar soluções para o bem de todos

Notamos e sabemos o quanto o varejo informal é uma realidade em Porto Alegre. E é claro que o Sindilojas Porto Alegre expressa preocupação com essa movimentação nas ruas da cidade. Em diversas oportunidades, atuamos ao lado das autoridades municipais a fim de acharmos soluções que beneficiem, se possível, a todos os envolvidos.

Entendemos as dificuldades para uma resolução do caso, pois há conflitos com impactos financeiros, sociais e de saúde. Do lado de cá, o Sindilojas Porto Alegre – que tem como uma de suas bandeiras o combate ao comércio informal – tem interesse em ajudar todas as partes para um bem comum, o do aumento do emprego formal e do bem-estar social dos cidadãos.

Esse cuidado com a situação social e com a saúde de quem está à margem da lei é um debate que precisa ser fomentado a todo instante, e que deve contar com as entidades representativas, assim como com o poder público municipal e estadual.

O Sindilojas Porto Alegre já propôs iniciativas para qualificação da mão de obra dos que atuam no comércio informal, e na época, a procura foi quase zero. Essa é uma dificuldade que precisamos enfrentar. Os empreendedores formais necessitam de serviço qualificado e podemos, a partir de ações como essa que sugerimos, de qualificação, obter o famoso ganha-ganha, diminuindo o comércio ilegal de rua e auxiliando os varejistas da Capital.

A luta de quem paga seus impostos e encargos tem no comércio ilegal uma concorrência desleal. Essa é a verdade. Por outro lado, quem está na informalidade relata a dificuldade em ter acesso aos meios legais para receber oportunidades. Acaba que esta maneira encontrada é a única fonte de sobrevivência. É hora de a gente, como sociedade, criar soluções para o bem de todos. O Sindilojas Porto Alegre, sendo uma entidade que representa um segmento forte na sociedade gaúcha, entende o seu papel. Mas sabemos que temos nossos limites.

Um viés educativo, como vem sendo feito pela prefeitura da Capital, é um primeiro passo para a aproximação dos ambulantes não regulamentados com o poder público, para que haja diálogo e um entendimento.

Artigo escrito por Tarcisio Pires, vice-presidente do Sindilojas Porto Alegre e veiculado no Jornal Zero Hora – 14/09/23

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