Porto Alegre se prepara para o Mundial 2014

O ano de 2011 será o do realismo para Porto Alegre, uma das 12 subsedes da Copa do Mundo de 2014. Também será a largada para criar condições de a cidade disputar uma das cinco vagas para receber os jogos da…

O ano de 2011 será o do realismo para Porto Alegre, uma das 12 subsedes da Copa do Mundo de 2014. Também será a largada para criar condições de a cidade disputar uma das cinco vagas para receber os jogos da Copa das Confederações, que ocorre em 2013. O prefeito José Fortunati não esconde a pretensão de entrar no páreo e sempre usa como argumento que a cidade costuma ser bem avaliada pelos dirigentes da Federação Internacional de Futebol (Fifa). Na preparação para o Mundial de 2014, obras do Aeroporto Internacional Salgado Filho e a reforma do Estádio Beira-Rio devem ganhar mais fôlego, já que são decisivas para garantir os jogos.

O Salgado Filho já reativou o Terminal 2, que aumenta em 1 milhão a capacidade anual de transporte, hoje de 6,5 milhões passageiros. Na metade do próximo ano, também deve estar instalado o chamado Módulo de Operação Provisório (MOP), que dobrará os balcões de ckeck in do Terminal 1, acelerando o embarque. Na metade de 2011, haverá mais uma ampliação para 2,5 milhões de passageiros. O superintendente do aeroporto, Jorge Herdina, não cansa de repetir que os dois terminais garantem estrutura suficiente para acolher os visitantes. Com a ampliação da pista em mais 900 metros, que deve começar em abril de 2011, será possível instalar equipamentos para reduzir índices de fechamento da estrutura em dias de nevoeiro e receber aviões de maior porte.

No Beira-Rio, a indefinição se mantém sobre exigências da Fifa para que o clube busque instituição ou parceiro para bancar o investimento. O presidente do clube, Vittorio Piffero, espera bater o martelo até metade de janeiro. O prazo do Comitê Local Organizador (LOC) foi espichado. As obras já estão em andamento e seguem orçamento de R$ 155 milhões, que teria apenas recursos próprios. Com um operador financeiro, o valor pode subir, tudo que o clube não quer. Das 12 cidades-sedes, o modelo colorado é único. Recentemente, foi divulgado que um dos 12 estádios está em atraso, justamente a nova arena do Corinthians, último a ter construção anunciada, depois de frustrada a investida para conseguir dinheiro com a prefeitura paulista.

No transporte terrestre, ampliação do Trensurb até Novo Hamburgo, construção da Rodovia do Parque (BR-448) e a instalação ao aeromóvel, entre o Salgado Filho e a estação do metrô, devem ser concluídos ou ter boa parte em implantação. Na Capital, a duplicação da Avenida Beira-Rio é a primeira obra urbana visível e deve ter parte finalizada em 2011.

Como, por enquanto, certo é o Mundial daqui a três anos e meio, Fortunati define o que é possível fazer até a data. O foco será transporte, mobilidade, hotelaria, segurança, saúde e atendimento a turistas. Do rol de obras incluídas na matriz de prioridades e orçadas em mais de R$ 500 milhões, com mais de R$ 450 milhões assegurados por meio do Ministério das Cidades e com fonte em financiamento da Caixa Econômica Federal, algumas ficarão para depois de 2014. Segundo o prefeito, a execução comprometeria o fluxo de trânsito, caso das obras de artes da Terceira Perimetral.

Já o maior desafio será a urbanização e pavimentação de um naco da zona Sul, a popular Vila Tronco e mais outras dezenas de aglomerados do entorno, que será corredor para desafogar o trânsito entre o Beira-Rio e a Perimetral Leste, rumo ao Aeroporto. Empenho é o que promete o prefeito. Já antevendo dificuldades. Haverá desapropriações, reassentamentos de 1,2 mil famílias e pavimentação e dotação de transporte público. Também o sistema de Portais da Cidade, que deve mudar de nome, está indefinido. O prefeito projeta menos pontos de conexão, priorizando pontos das avenidas Assis Brasil, Protasio Alves e Padre Cacique. “Não podemos parar a cidade com obras”, justifica. O modelo de BrTs (que são os terminais) pode mudar. A prefeitura se interessou pela solução de São Bernardo do Campo, que tem plataformas no nível da rua, com menos custo. “Hoje ainda não temos todos os recursos para implantar o sistema”, adianta o prefeito.

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