Produtos de verão sobem menos que preços do varejo.

A inflação dos produtos mais consumidos no verão é a menos intensa dos últimos três anos, e menor do que a variação média dos preços praticados no varejo. É o que mostra levantamento feito pela…

A inflação dos produtos mais consumidos no verão é a menos intensa dos últimos três anos, e menor do que a variação média dos preços praticados no varejo. É o que mostra levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que apurou a movimentação de preços de 32 produtos mais demandados no verão. De acordo com a entidade, até novembro, a taxa acumulada em 12 meses de inflação dos produtos de verão foi de 3,20%, abaixo das taxas em 12 meses apuradas até novembro de 2008 (7,84%); e até novembro de 2007 (4,58%).
“Como a taxa acumulada até 2007 compreende o período desde dezembro de 2006, podemos dizer que esta é a menor inflação acumulada de produtos de verão dos últimos três anos”, explicou o responsável pela pesquisa, André Braz. A inflação destes produtos também foi inferior à inflação média do período, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e que subiu 4,23% em 12 meses até novembro.
Uma das maiores contribuições para a inflação mais fraca de produtos de verão partiu de passagens aéreas, cujos preços acumulam queda de 29,57% em 12 meses até novembro deste ano. Braz comentou que esse recuo de preços foi causado basicamente pela crise global, que teve sua fase mais aguda iniciada em setembro do ano passado.
O período de maior demanda por passagens áreas e, consequentemente, de aumentos mais intensos de preços neste produto é a fase do alto verão no País, que começa a partir de dezembro. “Mas com a crise, as pessoas suspenderam viagens a partir do final do ano passado, porque ficaram com medo de gastar dinheiro sem saber quais seriam as consequências do cenário de turbulência”, disse.
A cautela dos consumidores quanto ao impacto da crise em suas finanças pessoais também é a explicação para a queda de 2,84% nos preços de excursões e tours na taxa acumulada em 12 meses até novembro. “Muitas pessoas também suspenderam compra de pacotes, por conta da crise”, explicou. “Agora que o cenário está mais tranquilo, os preços das passagens tendem a cair menos, e até mesmo a subir”, disse, comentando que a taxa acumulada de variação de preços das passagens não ficará negativa por muito tempo.
A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre produtos de linha branca este ano também ajudou a derrubar a inflação de produtos do verão acumulada até novembro. É o caso de refrigeradores e freezers, cuja taxa de variação de preços acumulada até o mês passado era negativa, de 6,82%. Braz também informou que houve queda de 6,03% nos preços de condicionadores de ar no acumulado em 12 meses até novembro.
“É importante lembrar que este produto não contou com incentivo fiscal para compra, e o calor só chegou realmente agora em dezembro”, disse, comentando que não houve muitas compras de condicionadores de ar ao longo de 2009. “Provavelmente, também não deve continuar a mostrar por muito tempo taxa negativa de preços no acumulado em 12 meses”, completou.
Na contramão da média da pesquisa foram detectados os produtos que ficaram mais caros no período. É o caso das taxas acumuladas em 12 meses até novembro nos preços de teatro (9,90%); chope e cerveja (9,69%); e refrigerante light ou diet (9,17%).

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