Projeto do salário mínimo regional é debatido na Assembleia
Proposta do governo é por reajuste de 11,6%
O projeto que estipula o reajuste para o salário mínimo regional foi o tema de uma audiência pública promovida pela Comissão de Economia e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa na manhã de hoje. O encontro foi realizado no Plenarinho da Casa, com a participação de parlamentares e representantes de centrais sindicais e patronais. A discussão ocorreu na manhã desta quarta-feira no Plenarinho da Assembleia Legislativa. A audiência pública, presidida pelo deputado Adilson Troca (PSDB), foi requerida pelo deputado Heitor Schuch (PSB). Pelo projeto, o governo propõe um reajuste de 11,6%, enquando que as centrais sindicais querem uma reposição de 12,59%.
Durante o encontro, Schuch lembrou que até 2005 o piso regional não provocava discussões, mas quando começou a acontecer a defasagem da proporção em relação ao mínimo nacional, e os trabalhadores perderam poder de compra, começaram as dificuldades no entendimento entre as partes. O parlamentar também justificou a solicitação de audiência pública devido à antecipação da data-base: de maio para março em 2011; em 2012, a data-base será em 1º de janeiro. Dessa forma, a previsão é de que o salário mínimo nacional ultrapassará a faixa 1 do piso estadual. — Isso vai exigir que aqui no estado, a partir de janeiro, seja dado um aumento de, no mínimo, 18 % para colocar o piso estadual no mesmo patamar do salário mínimo nacional — considera Schuch.
O líder da bancada do PDT, deputado Gerson Burmann, defendeu a imediata recuperação do índice. — É preciso recuperar o valor do mínimo regional nos mesmos padrões de quando o índice foi implantado, em 2001 — afirmou. Para Burmann, que apoia a proposta de 11,6% apresentada pelo Executivo, é importante que os trabalhadores tenham ganhos efetivos e, para isso, é preciso garantir a recuperação do valor do mínimo regional que ao ser criado, em 2001, equivalia a 1,28 do salário mínimo nacional. Atualmente, está abaixo de 1,13 do mínimo nacional.