Pronta entrega é o primórdio da estratégia

O “fast fashion” é uma evolução do modelo pronta entrega, no qual as pequenas e médias empresas italianas são consideradas precursoras. É o que diz o economista italiano Enrico Cietta, autor do livro “A…

O “fast fashion” é uma evolução do modelo pronta entrega, no qual as pequenas e médias empresas italianas são consideradas precursoras. É o que diz o economista italiano Enrico Cietta, autor do livro “A revolução do fast-fashion –estratégias e modelos organizativos para competir nas indústrias híbridas” (Estação das Letras, R$ 52).

“A partir da experiência de pequenos laboratórios capazes de fazer produções rápidas, imitando os produtos mais vendidos da estação, nasceram empresas que se reinventaram, modernizando o modelo pronta entrega”, esclarece.

Na Itália, as empresas que nos anos 1980 utilizaram este modelo eram copiadoras, no sentido de que não faziam nenhum investimento criativo, mas identificavam qual o produto que vendia melhor na estação (o chamado “best seller”) e o produziam durante esse período.

O produto era sem marca e a sua força estava na imitação com baixo custo daquilo que outros haviam proposto no mercado. Esse modelo se esgotou, e as pequenas empresas que desenvolveram seu próprio estilo criativo conseguiram crescer e viver mais.

Para Cietta, as companhias de “fast fashion” precisam ter um modelo de produção ágil.

A ideia é tentar organizar o ciclo de projeto e produção de maneira a deixar os custos de um produto personalizado ou feito em pequenas quantidades iguais aos de uma peça padronizada e feita em massa.

Por isso, é importante fragmentar a cadeia e cuidar bem do estoque e da logística.

Ele diz que esse modelo tem a ver com a economia criativa e as estratégias para tornar competitivas as empresas híbridas (ou seja, que juntam conteúdo material e imaterial). “Uma orientação é parceria, parceria e parceria. Precisa haver união com os produtores. Os lojistas passam informações sobre o mercado e os produtores entendem o gosto do consumidor.”

Segundo a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), o faturamento da cadeia têxtil e de confecção no Brasil foi de US$ 53 bilhões no ano passado, contra US$ 58 bilhões em 2012.

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