Quase 10% das bancas do Camelódromo já foram fechadas

Desde que começou a funcionar em fevereiro de 2009, o Centro Popular de Compras (Camelódromo), no centro de Porto Alegre, já teve 74 de suas 800 bancas interditadas – 9,25%. O caso mais recente envolve 34…

Desde que começou a funcionar em fevereiro de 2009, o Centro Popular de Compras (Camelódromo), no centro de Porto Alegre, já teve 74 de suas 800 bancas interditadas – 9,25%. O caso mais recente envolve 34 comerciantes que perderam os estandes por inadimplência.

Com a saída deles, a partir desta semana 10 novos camelôs irão ocupar vagas no local. A intenção da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic) é que os outros 24 sejam escolhidos até o dia 18. Há cerca de 200 interessados em um cadastro reserva.

Tesoureiro do Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes e Feirantes do Rio Grande do Sul (Sinbulantes), Giancarlo Guimarães relata que o problema estaria na localização das bancas. – Os pontos do fundo têm pouca circulação e, por isso, há a inadimplência. 90% do Camelódromo funcionam satisfatoriamente, mas os corredores laterais do fundo (a chamada laje B, no lado oposto à entrada na Voluntários da Pátria) têm menos gente e menos volume de vendas, fazendo com que eles (comerciantes) não conseguissem pagar o condomínio e o aluguel – explica.

A Smic admite que há menos fluxo na laje B, mas, conforme o chefe de Fiscalização da secretaria, Rogério Teixeira Stockey, a diferença de circulação nas áreas do centro comercial não seria a razão do não pagamento. Ele argumenta que 80% dos motoristas que deixam seus carros no estacionamento precisam passar pela laje B, onde também está a praça de alimentação. Segundo Stockey, os 34 comerciantes que tiveram as bancas interditadas neste mês deixaram de pagar o aluguel e o condomínio em 2009 e 2010. – Em setembro, foi firmado um acordo entre eles e a prefeitura, mas não foi cumprido. Em outubro, eles foram notificados a negociarem a dívida em cinco dias. Em novembro, houve a interditação. Cerca de 40% deles não pretendiam mais trabalhar – afirma.

Saiba mais

– O aluguel de uma banca no Camelódromo custa de R$ 85 a R$ 95 por semana, conforme o tamanho do estande. Também é cobrado R$ 25 de condomínio

– Entre os comerciantes que tiveram as bancas interditadas em novembro, há dívidas de até R$ 10 mil. No grupo, há quem tem de 29 até 120 parcelas em aberto

– A dívida é cobrada judicialmente pela Verdi Construções, que venceu a licitação para administrar o Centro Popular de Compras por 25 anos, com possibilidade de prorrogação do prazo por mais 10 anos

– A prefeitura pretende criar novos centros em Porto Alegre (na Restinga, na Azenha e na Assis Brasil)
Fonte: Fonte: Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic)

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