Recuo no crescimento econômico exigirá habilidade do segmento lojista, avalia dirigente de NH
Pesquisa feita com economistas e divulgada nesta manhã (16/02/2009) pelo Banco Central aponta tendência de redução na previsão de crescimento da economia brasileira em 2009, por causa do agravamento da…
Pesquisa feita com economistas e divulgada nesta manhã (16/02/2009) pelo Banco Central aponta tendência de redução na previsão de crescimento da economia brasileira em 2009, por causa do agravamento da crise econômica mundial. O levantamento mostra que o avanço do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas no período, deve ficar em 1,5%, bem abaixo dos 3,2% estimados pelo próprio Banco Central e dos 4% previstos no Orçamento deste ano. Para 2010, a previsão recuou de 3,8% para 3,6%. Para o presidente do Sindilojas-Novo Hamburgo, Gerson Jacques Müller, esta possível desaceleração da economia vai exigir muita habilidade do setor varejista. “O empresário terá de trabalhar com muito tato na hora da compra e quando for fazer os cálculos para a venda, pois esta crise vai trazer reflexos. É um efeito cascata”, diz Müller. Para o ano, o empresário diz que o segmento lojista deve se dar por satisfeito se atingir o mesmo índice de vendas de 2008.Tradicionalmente, o comércio varejista prevê crescimento na ordem dos 5%, 6%. Já a previsão de um corte ainda maior na taxa básica de juros, a Selic, que deve recuar dos atuais 12,75% para 11,75% ao ano, é vista por Gerson Müller como um incentivo ao consumo. “Mas se a indústria não apresentar efetivo crescimento, o comércio também vai sentir. Indústria produzindo menos vai interferir nos empregos e quando a indústria demite, provoca reflexos nas vendas”, adianta. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que define a taxa básica de juros, marcada para o dia 11 de março.