Renda e crédito melhoraram o varejo no país em janeiro, diz IBGE

Sobra do 13º fez consumidores gastarem mais em supermercados. Com os gastos de início do ano, vendas de carros tiveram queda.

O avanço de 0,6% no volume de vendas do comércio varejista no país em janeiro, em comparação a dezembro de 2012, é resultado do aumento de renda dos brasileiros, que vêm contando ainda com maior oferta de crédito e com estabilidade no emprego, explicou nesta quinta-feira (14) Reinaldo Pereira, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao divulgar os resultados da Pesquisa Mensal de Comércio.

As compras de alimentos e bebidas em supermercados, que aumentaram 1,4% em relação a dezembro e 3,4% na comparação com janeiro de 2012, tiveram o maior peso no aumento das vendas (30%), seguidas das compras de outros artigos de uso pessoal e doméstico, categoria que engloba artigos de lojas de departamento, brinquedos, material de óticas, produtos esportivos, jóias e bijuterias. Com um avanço de 4,7% em relação a dezembro, e de 13,9% frente a janeiro de 2012, o segmento representou 22,3% na alta do volume de vendas.

Para o economista do IBGE, o bom desempenho dos dois segmentos, principalmente o de outros artigos de uso pessoal, que não costuma ter essa expressão em janeiro, pode ser reflexo de alguma sobra do 13º salário dos trabalhadores, e da antecipação da compra de material escolar em lojas de departamentos. Reinaldo explicou ainda que, apesar da inflação, os preços não estão disparando, o que tem atraído os consumidores.

O expressivo aumento nas vendas de equipamentos e material para escritório e de informática, de 18,5% em relação a dezembro, para o pesquisador é uma recuperação do setor, que vinha de dois meses de taxas negativas de crescimento.

De dez atividades pesquisadas, sete tiveram resultados positivos em janeiro. Três mostraram recuo nas vendas frente a dezembro. O segmento de tecidos, vestuário, calçados (-0,4%), segundo o economista, constitui uma atividade sobre a qual não se tem muito domínio para explicar o comportamento, mas ele acredita que possa ter sido influenciada de forma negativa pelo alto custo das novas coleções e pela concorrência de produtos importados.

Móveis e eletrodomésticos, com recuo de 2,6%, vêm sofrendo a influência dos preços, com a volta do IPI. O setor também saiu de uma base de comparação forte em dezembro, quando marcou alta de 2,7%.

Os automóveis (-1,2%) também saíram de uma base de comparação alta (3,3% em dezembro).

“Além disso, janeiro não é tradicionalmente um mês de altas vendas de automóveis por conta das mudanças de modelos e das despesas do início do ano, como IPVA, IPTU, mensalidade e material escolar”, disse Pereira.

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