Sartori convoca reunião de emergência para discutir crise
Governador apresenta retrato das finanças do Estado e pede colaboração de demais poderes para que a conta da crise não fique apenas com o Executivo
A crise das finanças públicas e a dificuldade do…
Governador apresenta retrato das finanças do Estado e pede colaboração de demais poderes para que a conta da crise não fique apenas com o Executivo
A crise das finanças públicas e a dificuldade do governo para pagar os salários de junho está na pauta da reunião de emergência convocada pelo governador José Ivo Sartori com representantes do Tribunal de Justiça, do Ministério Público, da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas do Estado, da Defensoria Pública e da Procuradoria-Geral do Estado.
A reunião ocorre no Palácio Piratini, a portas fechadas, mas sabe-se que Sartori está apresentando um retrato da situação financeira do Estado e pedindo a colaboração dos demais poderes para que a conta da crise não fique apenas com o Executivo.
Da reunião participam também o vice-governador José Paulo Cairoli, os secretários da Casa Civil, Márcio Biolchi, da fazenda, Giovani Feltes, da Secretaria-Geral, Carlos Búrigo, da Comunicação, Cleber Benvegnú, e o chefe de gabinete, João Carlos Mocellin e mais o líder do governo na Assembleia, Alexandre Postal. Além dos chefes dos poderes, assessores superiores de cada órgão estão ouvindo as ponderações do governo sobre a crise.
Em maio, o governo havia anunciado que parcelaria os salários mais elevados, mas vários sindicatos entraram na Justiça e obtiveram liminares contra o parcelamento. Para pagar os salários, o governo atrasou repasses para os municípios, retardou o pagamento da dívida com a União e de parte dos fornecedores de bens e serviços, entre eles os hospitais filantrópicos. Além disso, usou recursos de empresas estatais, que estavam no caixa único, e raspou a conta dos depósitos judiciais.
Pelos cálculos da Secretaria da Fazenda, todos os meses faltam R$ 400 milhões para pagar as contas do Estado. Como o governo vai empurrando para o mês seguinte, a bola de neve não para de crescer. Sem perspectiva de ingresso de recursos para pagar o 13º salário, o governo trabalha com a hipótese de repetir a fórmula usada por Germano Rigotto, em que os servidores tiveram de tomar um empréstimo no Banrisul e o governo pagou no ano seguinte, em parcelas.