Seminário atrai mais participantes do que o previsto

Numa sala do luxuoso hotel Four Seasons, o representante do Sindilojas de Porto Alegre, Paulo Rey, mostrava o Rio Grande do Sul num mapa ao representante municipal de Yiwu, cidade conhecida como o “paraíso do…

Numa sala do luxuoso hotel Four Seasons, o representante do Sindilojas de Porto Alegre, Paulo Rey, mostrava o Rio Grande do Sul num mapa ao representante municipal de Yiwu, cidade conhecida como o “paraíso do R$ 1,99” pelos brasileiros. “A gente fala Brasil e é samba, mas aqui tem uma pujança muito grande, o pessoal gosta de trabalhar, é honesto”, disse Rey, com a ajuda de intérprete.
A poucos metros, em reunião que teve a presença da vice-ministra do Comércio, Ma Xiuhong, o representante na China da Embraer, que tem uma fábrica no país desde 2003, reclamava dos “enormes obstáculos” para vender aeronaves.Com cerca de 620 participantes -quase 400 a mais do que o previsto-, empresários chineses (70% da plateia) e brasileiros lotaram o seminário realizado no centro financeiro da China. O alto comparecimento, de empresas pequenas a gigantes como Vale e Huawei, é mais um sinal do aumento da relação bilateral. Desde o ano passado o principal parceiro comercial do Brasil, com intercâmbio de US$ 36,1 bilhões, a China passou também a fazer investimentos bilionários, sempre com estatais.
O caso mais recente foi da petroleira Sinochem, que no final do mês passado pagou US$ 3,07 bilhões por 40% do campo de Peregrino (bacia de Campos). Segundo o cônsul do Brasil em Xangai, embaixador Marcos Caramuru, o seminário estava voltado principalmente à atração de novos investimentos. “Os chineses, com esse Plano de Ação Conjunta, fizeram uma aposta política, econômica no Brasil”, disse o embaixador e ex-ministro do Desenvolvimento Sergio Amaral, diretor-presidente do Conselho Empresarial Brasil – China. Assinado em abril, durante a visita do dirigente Hu Jintao ao Brasil, trata-se de um plano de cinco anos para intensificar o relacionamento bilateral em áreas como energia, mineração e tecnologia. Já Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) criticou o governo por não abordar a “agenda negativa”: o yuan desvalorizado e o contrabando. “A posição que a China adota para o seu câmbio acaba prejudicando a indústria do mundo todo”, disse Ricardo Martins, diretor da Fiesp. O ministro Mantega voltou a dizer ontem que o problema maior do comércio mundial não é a desvalorização do yuan, e sim a do dólar americano.

Veja também

    PesquisaNoticias

    Levantamento do Sindilojas Poa revela crescimento do comércio de vizinhança no R...

    Veja mais
    Noticias

    Edição especial do Menu Poa apresenta pautas do comércio para o futuro da capital

    Veja mais
    Noticias

    Programação de atividades desta semana para as obras no Centro da capital

    Veja mais
    Noticias

    Último dia para confirmar presença no MENUPOA especial sobre Eleições Municipais

    Veja mais