Só os bons avançam

Por Paulo Kruse, presidente do Sindilojas Porto Alegre

Um negócio não sobrevive apenas do otimismo diante de uma oportunidade de mercado. Só com isso, nem sequer abrir a empresa é possível. Já no…

Por Paulo Kruse, presidente do Sindilojas Porto Alegre

Um negócio não sobrevive apenas do otimismo diante de uma oportunidade de mercado. Só com isso, nem sequer abrir a empresa é possível. Já no primeiro impulso o empreendedor se depara com o longo e burocrático processo vigente. Em Porto Alegre, por exemplo, a demora em abrir uma empresa é, em média, quatro vezes maior do que em outras capitais brasileiras. Porém, essa é só a primeira etapa a vencer. É preciso estar ciente de que a cada dia novos desafios e obstáculos surgirão. É imprescindível que o empreendedor esteja em constante qualificação, fique atento às melhores práticas de gestão e participe do cotidiano de entidades como o Sindilojas Porto Alegre, no caso do varejo. Essa participação garante uma troca importante de experiências com outros empresários, sem contar nas oportunidades de capacitação a baixo custo e outros benefícios fundamentais para qualquer organização que quer crescer.

Dentro da realidade em que vivemos quem coloca na ponta do lápis todos os custos com os quais terá de arcar, inclusive no que diz respeito à legislação trabalhista, aliados ao elevado índice de impostos e os valores de aluguel, energia elétrica e logística, titubeia em prosseguir. Para acrescentar, está na Assembleia Legislativa o pacote de medidas do Governador José Ivo Sartori que prevê, entre outras propostas, o reajuste da alíquota básica do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 17% para 18%. Se aprovado, o mercado varejista será fortemente prejudicado. Assim como outros setores da economia. Portanto, reforço: não podemos continuar com medidas impopulares que têm na arrecadação tributária a única saída para a economia. Desta forma estaremos desencorajando novos empreendedores e desestabilizando a confiança de consumo da população.

Claro que tivemos algumas vitórias nos últimos anos que incentivaram a abertura de novas empresas. Basta ver iniciativas como o Microempreendedor Individual e a ampliação do limite do Simples Nacional, votada recentemente na Câmara dos Deputados. No entanto, precisamos aprofundar o debate e definir medidas que beneficiem a longo prazo, que estimulem o crescimento e a competitividade. Afinal, todo bom empreendedor não quer manter seu negócio no mesmo limite de arrecadação por anos. Ele quer crescer, aumentar sua lucratividade e ampliar sua rede.

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