Sob pressão, BC reduz juro para 12,75%

O corte do juro básico era esperado, mas não no tamanho que veio. Numa iniciativa que surpreendeu o mercado financeiro, o Banco Central (BC) decidiu ontem fazer a maior redução em cinco anos e um mês….

O corte do juro básico era esperado, mas não no tamanho que veio. Numa iniciativa que surpreendeu o mercado financeiro, o Banco Central (BC) decidiu ontem fazer a maior redução em cinco anos e um mês. Também foi a primeira diminuição da taxa Selic desde setembro de 2007.
Os integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom) baixaram o juro básico de 13,75% ao ano para 12,75% – a maioria dos analistas esperava uma redução de 0,75 ponto percentual em vez de um ponto. A pressão sobre o BC para fazer um corte expressivo foi intensa nas últimas duas semanas. Em meio a resultados de queda da produção e anúncios de demissões pelo país, empresários e sindicalistas clamaram pela redução da taxa nas ruas e em reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua equipe econômica.
Até o ex-presidente da Federação Brasileira dos Bancos e dirigente do Bradesco, Márcio Cypriano, chegou a defender a diminuição. Em comunicado, o Copom informou que a decisão não foi unânime – três dos oito integrantes votaram por uma redução de menor porte, de 0,75 ponto percentual. Além disso, indicou que haverá novos cortes, mas não tão fortes, e que a decisão foi técnica. “O comitê inicia um processo de flexibilização da política monetária realizando de imediato parte relevante do movimento da taxa básica de juros, sem prejuízo para o cumprimento da meta de inflação”, informou a nota.
A ata explicando a decisão será divulgada na próxima quinta-feira. Contudo, na opinião do economista José Goés, da corretora WinTrade, cortes de igual porte ao de ontem não devem ser descartados. – As decisões do Copom ficaram muito mais imprevisíveis diante das incertezas da economia global. Vai depender de como o quadro estará até a próxima reunião (10 e 11 de março). Depois do corte, Banco do Brasil, Bradesco, Unibanco, Caixa Econômica Federal e Itaú divulgaram que vão reduzir as taxas para diversas modalidades de empréstimos. A reunião que Lula teria com dirigentes de bancos oficiais ontem foi transferida para hoje. Na pauta, a cobrança de redução do spread bancário (diferença entre a taxa paga na captação e a cobrada no empréstimo).

Veja também

    Noticias

    Nervos de aço: como lidar com os sentimentos frente às tragédias

    Veja mais
    Noticias

    Sindilojas Porto Alegre marca presença na maior Feira de inovação da América L...

    Veja mais
    PesquisaNoticias

    Resultados de vendas do Dia das Crianças: quase 20% dos lojistas venderam mais

    Veja mais
    Noticias

    Sindilojas POA é apoiador da 25ª Construsul

    Veja mais