Sobe a nota de crédito do Brasil

Fitch avalia transição de governo como “suave” e destaca esforço para a redução de gastos

A agência de classificação de risco Fitch Ratings, uma das mais respeitadas do mercado global, elevou ontem a nota soberana de crédito do Brasil de BBB- para BBB. É a primeira elevação desde maio de 2008 e, na prática, significa que, para os analistas da empresa, o país ficou ainda mais seguro para receber investimentos. Faltam ainda oito níveis para o nível máximo da agência, AAA. Segundo a Fitch, o aumento da nota do Brasil reflete a elevação da capacidade de crescimento sustentável do Brasil para algo entre 4% e 5%. Para 2011, a agência projeta expansão de 4%. A Fitch também destaca que a transição de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a presidente Dilma Rousseff foi suave, com manutenção do consenso sobre a responsabilidade macroeconômica. Além disso, destaca o relatório da Fitch, a nova administração tem mostrado sinais de maior contenção dos gastos públicos, que, juntamente com as perspectivas de crescimento saudável, deve permitir uma melhora da dívida pública. Para o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, a melhora na nota de crédito do Brasil “é um reconhecimento da consistência da política econômica” e da melhora de seus fundamentos nos últimos anos. Após a decisão da Fitch, a expectativa é que mais dólares venham para o Brasil, o que tende a valorizar o real, movimento que preocupa o governo. – Mas é melhor ter esse problema do que como era no passado, quando faltavam dólares – disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ontem, o dólar encerrou cotado a R$ 1,6090, queda de 0,18%. É o valor mais baixo desde 8 de agosto de 2008, antes do estouro da crise global.

CMN determina câmbio simultâneo em empréstimo

Ontem, no fim do dia, o Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou uma medida para evitar dribles na taxação de 6% dos empréstimos externos de até um ano. A iniciativa exige que se faça um “câmbio simultâneo” de entrada e saída de recursos em operações de renovação ou renegociação dos termos de empréstimos externos e quando alguém assume dívida externa de outro. Assim, em operações de até um ano, os 6% de IOF também serão cobrados nas renovações, repactuações ou assunções de dívida externa.

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