Sustentabilidade na prática

Mais do que separar o lixo seco do orgânico, praticar a sustentabilidade é urgente e as empresas têm grande papel em aplicar e disseminar essa ideia

O mundo está aos poucos se tornando mais consciente sobre os impactos humanos ao meio ambiente. Seja pelas consequências climáticas ou pelo entendimento de que não há recursos para manter os hábitos atuais por muito mais tempo, o fato é que o comportamento dos consumidores tem mudado e o comércio precisa acompanhar.  No mês em que se celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), falar do assunto é obrigatório, assim como abordar os pilares social, ambiental e econômico da sustentabilidade, criados para orientar pessoas, empresas e governos quando a questão é preservar o planeta. 

No varejo, por vezes, a sustentabilidade ainda é usada como marketing. Por outro lado, há empresas que seguem há tempos as diretrizes para a sustentabilidade, mostrando que é possível praticar um comércio justo inclusive para o planeta.Conheça negócios que respeitam o ambiente e veja como eles aplicam cada pilar que sustenta a causa.

Colibrii e o pilar social
O primeiro dos três pilares se refere ao caráter social da sustentabilidade, que trata de respeitar e impactar positivamente as pessoas relacionadas direta ou indiretamente à atividade.A partir dessa ideia e de um trabalho voluntário realizado no Morro da Cruz, em Porto Alegre, surgiu em 2014 a Colibrii, um negócio social que envolve artesãs da comunidade na confecção de mochilas, bolsas e acessórios com jeans doado, cintos de segurança usados e guarda-chuvas descartados. “Desde que começamos o trabalho buscamos não chegar com um projeto pronto, mas ouvir as artesãs para valorizar o conhecimento desafio, pois normalmente elas não são incluídas no processo de criação”, conta Gabriela Ruiz, cofundadora da marca. A empresa busca o empoderamento e a valorização das artesãs, com uma remuneração justa, e os consumidores, na
reflexão das histórias que estão por trás dos produtos e na disseminação da ideia de que o consumo consciente tem muitos aspectos positivos.

Lush e o pilar econômico
Promover condições justas de trabalho e não lucrar às custas de um desequilíbrio ambiental são premissas do pilar econômico e guiam a Lush, que vende cosméticos com ingredientes naturais e feitos à mão desde 1995. De origem britânica, a empresa tem cerca de 900 lojas em 49 países e, no Brasil, possui cinco unidades em São Paulo e uma
loja virtual com entrega nacional. Com estabelecimentos que parecem mercearias, a marca busca utilizar o mínimo de embalagens, por isso desenvolveu produtos como shampoos sólidos e sabonetes vendidos a peso. Para manter uma relação econômica íntegra, a Lush compra grande parte dos seus insumos diretamente dos produtores – que são
visitados antes de virarem fornecedores –, pagando valores justos, e ainda ajuda e investe no desenvolvimento das comunidades. “Mais do que vender sabonetes, vendemos a ideia de que é possível sermos éticos, regenerativos e ainda defender causas sociais, animais e ambientais”, explica Renata Pagliarussi, diretora da Lush Brasil.

Côté e o pilar ambiental

Minimizar os impactos causados à natureza pelas atividades humanas e não consumir desenfreadamente recursos naturais são os conceitos básicos da diretriz ambiental. Foi
com essas premissas que nasceu, em 2015, a Côté, que trabalha com colares e brincos feitos à mão a partir de material da construção que seria descartado. A ideia surgiu quando a arquiteta Priscila Berselli estudou design moveleiro e percebeu que seria possível reutilizar resíduos dessa indústria.

“Porto Alegre está abrigando uma cadeia bem legal de marcas sustentáveis que estão surgindo, especialmente na moda, segmento que está assumindo esse questionamento importante sobre seus impactos.” Priscila Berselli, Côté

Hoje, sobras de cimento, borracha e madeira são utilizados na produção desses acessórios. “O objetivo é ressignificar materiais de descarte, dar novo valor a eles e renovar a sua vida útil”, afirma Priscila. No começo, os produtos da Côté eram vendidos em eventos de rua, mas atualmente a marca ocupa uma loja no Coletivo 828, na Rua Visconde do Rio Branco, 828, bairro Floresta.

Conexão Varejo 

A matéria acima está na edição deste mês da Conexão Varejo, publicação mensal do Sindilojas Porto Alegre distribuída gratuitamente para 6 mil pessoas. Quer conferir a revista completa? Clique aqui e ótima leitura!

 

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