Tarso Genro quer atrair R$ 12 bilhões em investimentos

O secretário estadual de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, João Motta (PT), informou que a intenção do governo comandado pelo petista Tarso Genro é investir R$ 12 bilhões no Rio Grande do Sul…

O secretário estadual de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, João Motta (PT), informou que a intenção do governo comandado pelo petista Tarso Genro é investir R$ 12 bilhões no Rio Grande do Sul até 2014. Motta tomou posse na pasta ontem pela manhã.

À tarde, ele projetou como será a gestão do Estado nos próximos anos. “A meta do governador é executar R$ 12 bilhões no Rio Grande do Sul nos quatro anos do seu mandato. Com isso podemos fazer com que o Estado viva um novo momento”, disse o secretário, em entrevista à rádio Band AM.

Para atingir o montante, o governo contabilizará recursos do orçamento estadual, de captações externas – União e órgãos internacionais de fomento, como o Banco Mundial (Bird) – e de investimentos da iniciativa privada. Motta sinalizou ainda que o Palácio Piratini já está em fase de negociação para trazer grandes empreendimentos privados ao Rio Grande do Sul. Ele estima que é possível executar R$ 3 bilhões em investimentos privados nos dois primeiros anos do governo. “Temos negociações em andamento com grupos privados que poderão alavancar recursos novos com investimentos diretos. Reunimo-nos com fortes grupos econômicos que têm projetos ao Estado para os próximos dois ou três anos”, disse, sem citar as empresas.

O petista informou ainda que hoje será remetida uma versão final da carta-consulta ao Bird e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) para que Tarso aprove ou faça as mudanças que julgar necessárias. A ideia é enviar o documento nesta semana para garantir até novembro os R$ 400 milhões com o Bird e os R$ 1,4 bilhão com o Bndes. Além disso, Motta avalia com o secretário-geral de Governo, Estilac Xavier (PT), a situação do projeto de revitalização do Cais Mauá.

O processo, formalizado no final da gestão de Yeda Crusius (PSDB), está sob questionamento judicial no Superior Tribunal Federal (STF). A intenção dos dois secretários é elaborar ainda nesta semana um relatório sobre as questões legais envolvendo a obra.

O titular do Planejamento também trabalhará no primeiro semestre deste ano para estruturar o Sistema de Participação Cidadã – estrutura que congregará os mecanismos da Consulta Popular, do Orçamento Participativo, dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) e do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Conselhão). Motta escalou Davi Luiz Schmidt para comandar a área.

Após negociação com partidos, segundo escalão deve ser definido até amanhã

Enquanto o governador Tarso Genro (PT) dedicou o primeiro dia útil de seu mandato ao comparecimento em posses de comandantes das áreas da segurança pública, o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana (PT), passou a segunda-feira se reunindo com partidos aliados para encaixar as últimas peças de um quebra-cabeça chamado “transversalidade”.

Mesmo após a posse do governo petista, ainda restam algumas lacunas a serem preenchidas no segundo e no terceiro escalões. E é por esses espaços que as siglas aliadas disputam nos bastidores. O PDT havia ensaiado um movimento de desconforto sob a liderança do deputado federal Enio Bacci. Os pedetistas almejam diretorias da CEEE e da Corsan, além da chefia da Defesa Civil.

No PSB, o deputado estadual Miki Breier não escondia os ressentimentos com o pouco espaço oferecido ao partido, que angariou apenas a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística. Os socialistas desejam cargos na Metroplan, em diretorias da pasta da Saúde e na área financeira da CaixaRS. “Estamos dispostos a negociar qualquer uma das autarquias sob o nosso comando, desde que tenhamos reciprocidade”, advertiu o presidente do PSB gaúcho, Caleb de Oliveira, ao deixar o gabinete de Pestana.

O chefe da Casa Civil garante que até amanhã todos os quadros do segundo escalão já estarão definidos. “As conversas com todos os partidos foram muito boas. Estamos muito próximos de chegar a um acordo no conjunto da composição”, informou.

Às 18h, o governador Tarso Genro se reuniu com a coordenação de governo – composta pelos principais integrantes do primeiro escalão – para deliberar sobre a convocação de uma sessão extraordinária da Assembleia Legislativa. Ficou decidido que os deputados só serão chamados se houver o quórum mínimo de 28 parlamentares para votarem as matérias de interesse do governo.

Os líderes da base aliada farão contato com seus deputados e Pestana contatará a oposição para verificar a disponibilidade dos parlamentares. O chefe da Casa Civil acredita que os dois projetos – um que aumenta o salário de diretores e coordenadores com a contrapartida de um corte de 148 cargos em comissão (CCs); e o outro que fixa o teto salarial do Executivo para os vencimentos nas estatais – deverão ser aprovados sem sobressaltos no Parlamento. “Há uma tradição de a Assembleia aprovar projetos de início de governo que se destinam a estruturar a máquina pública”, avalia.

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