Tecnologia deve ser usada para facilitar vida do cliente, afirma Grasiela Tesser

Advogada e empreendedora ministrou a palestra Techtrends: novas tecnologias aplicadas no varejo, no Congresso da 9ª FBV.

Foto: J.A. Produções

A tecnologia no varejo precisa ser aplicada para fazer diferença na vida do consumidor. É o que defende Grasiela Tesser, advogada e empreendedora que encerrou o segundo dia de Congresso Brasileiro do Varejo, na 9ª FBV, com a palestra Techtrends: novas tecnologias aplicadas no varejo. “Não adianta pensar um bilhão de tecnologias, se eu não chegar no final do dia com a resposta para ‘como isso vai mudar ou facilitar a vida do consumidor?’. A tecnologia no varejo é o meio, não o fim”, apontou.

Grasiela alertou que as organizações precisam estar atentas às tendências e planejar como utilizar os recursos existentes em causa própria. Os canais de venda digitais, por exemplo, já eram uma tendência, que foi acelerada em função da pandemia. “Se não estamos pensando no futuro ele passa por cima, como aconteceu com a pandemia. A transformação digital já não era algo novo, mas as empresas não estavam priorizando. O Covid fez todo mundo se mexer muito rápido”, disse.

Entretanto, a empreendedora afirmou que mesmo com as mudanças de conjuntura, o comportamento das pessoas não muda. “Nos adaptamos àquilo que está disponível no momento, mas continuamos buscando o que mais nos satisfaz e nos é conveniente”. Para ela, esse é um olhar sobre o comportamento do consumidor que o varejo precisa estar atento.

Segundo Grasiela, a compra pela internet, o e-commerce, já era uma via natural devido às mudanças de comportamento. Mas, a pandemia também gerou um novo movimento, chamado get local: a prioridade de comprar de empreendedores locais, de quem está perto. “As pessoas estão mais dispostas a estar na própria comunidade. O consumo não mudou, elas seguem querendo consumir, mas resolveram buscar onde é mais conveniente. Estão optando por quem está próximo a elas”, ressaltou. Neste caso, a advogada explica que o consumidor não prioriza o canal de compra, mas, sim, o que irá satisfazer a sua necessidade no momento.

Para a palestrante, o primeiro contato do consumidor com uma marca é online, sendo assim é essencial que o negócio tenha presença digital. Porém, não basta só estar presente, é importante ter um propósito que esteja claro para o cliente. “Precisamos entender o digital para que se possa usar bem os recursos disponíveis, para, assim, conquistar o consumidor”, especificou.

Por fim, a palestrante enfatizou que as tecnologias precisam ser bem aplicadas nas empresas para chegar a um resultado satisfatório. “A questão não é se a tecnologia é boa ou ruim, mas se está bem empregada. É preciso entender que existem gerações diferentes e que irão consumir de formas diferentes, que determinada ferramenta que funciona para um negócio não necessariamente funciona bem em todos os segmentos. Conseguimos fazer coisas incríveis quando usamos a tecnologia a nosso favor”, concluiu.

 

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