Última reunião do Copom para Meirelles

A expectativa do mercado financeiro é de que o Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne amanhã e quarta-feira, deverá manter a taxa básica de juro (Selic) nos atuais 10,75% ao ano. Por ser a…

A expectativa do mercado financeiro é de que o Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne amanhã e quarta-feira, deverá manter a taxa básica de juro (Selic) nos atuais 10,75% ao ano. Por ser a última reunião sob seu comando, será especial para o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles.

Na semana passada, as apostas em alta da Selic já em dezembro estavam crescendo por conta dos recentes (e elevados) índices de preços, mas a decisão do BC e do Conselho Monetário Nacional (CMN) de adotarem medidas para restringir o crédito a pessoas físicas e retirar R$ 61 bilhões de circulação da economia por meio da alta nos depósitos compulsórios derrubou essa ideia.

– Mudou o padrão do mercado. Havia pressão da curva para mudar a Selic já na próxima semana, mas ficou claro que o BC não tem a mínima intenção de elevá-la em dezembro. Isso consolidou as apostas de manutenção dos juros – avaliou o economista-chefe do banco Schahin, Silvio Campos Neto.

As iniciativas anunciadas na última sexta-feira, observou, também reduziram as chances de um aperto monetário em janeiro. Neto destacou também que a efetivação de uma mexida de juros no ano que vem vai depender em grande medida do que vai ocorrer na parte fiscal. De fato, o BC já deixou claro que sua visão mais otimista sobre o cenário de inflação no horizonte de ação da política monetária se deve, em grande parte, à expectativa de um aperto fiscal.

Além da questão fiscal, o BC tem se apoiado muito na situação conturbada da economia internacional para não mexer na taxa Selic. A rigor, da última reunião em outubro até agora, o quadro externo piorou, com os problemas fiscais de países como Irlanda, Portugal e Espanha voltando ao radar dos investidores internacionais e elevando a volatilidade no mercado financeiro.

Apesar dos fatores, o BC está de olho no nível de atividade e à situação de forte demanda interna, pela dinâmica do setor de serviços e pelo aquecido mercado de trabalho. Esse quadro, combinado com a alta recente dos preços, deve pelo menos levar a uma subida de tom do colegiado na ata dessa reunião. Isso deve deixar os ânimos de dentro e fora do governo mais preparados para uma eventual necessidade de alta da Selic no próximo ano.

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