Varejistas cobram mais regras e concorrência para cartões de crédito

Representantes do varejo brasileiro mostraram ontem descontentamento com a indústria de cartões de crédito e débito no País. Para eles, é preciso ampliar a regulamentação do setor e também a…

Representantes do varejo brasileiro mostraram ontem descontentamento com a indústria de cartões de crédito e débito no País. Para eles, é preciso ampliar a regulamentação do setor e também a concorrência, na prática, depois que o governo conseguiu extinguir o vínculo de exclusividade existente entre bandeiras e credenciadores, há dois anos.

“A regulamentação ainda é carente. É preciso estabelecer marcos reguladores mais seguros”, disse o advogado da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Cácito Esteves. Já para o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior, a concentração de mercado gera pouca concorrência e alto custo, que é repassado para o consumidor. “Em última instância, é o consumidor que paga esta conta”, considerou.

As declarações foram feitas durante audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados com a participação da Comissão de Finanças e Tributação sobre a atuação do segmento de cartão de crédito no País.

Pellizzaro Junior salientou que o aumento da concorrência é necessário, principalmente entre as bandeiras e os credenciadores, pois houve a entrada de uma só empresa no mercado desde a quebra da exclusividade. “Temos apenas um a mais do que há dois anos e com um market share quase inexistente, que é o Santander”, comparou. “Há barreiras que não foram ultrapassadas pelo mercado.”

Para o consultor do Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos do Banco Central, Mardilson Fernandes Queiroz, a alta concentração no mercado de emissões de cartões de crédito brasileiro nada mais é do que uma consequência do perfil do mercado bancário brasileiro. “A concentração do mercado de emissão é considerada alta, mas temos que entender que representa o sistema bancário brasileiro. É natural. Do lado da emissão, isso nada mais é do que reflexo dos bancos de varejo no Brasil”, disse.

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