Venda direta e esquema piramidal… afinal, o que são?
No Brasil, aproximadamente 4,5 milhões de pessoas trabalham com vendas diretas
Vamos esclarecer, resumidamente, os conceitos de venda direta e esquema de pirâmide. Partimos do fato de que o primeiro é um modelo de negócio legal e o segundo é ilegal. As vendas diretas movimentaram R$ 19 bilhões somente no primeiro semestre de 2016, conforme a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (Abevd). Ainda segundo a entidade, o número de revendedores segue estável: são 4,3 milhões de pessoas. Entre as marcas mais conhecidas do setor estão Avon, Natura, Mary Kay, Jequiti, Polishop, entre outras. Os fatos:
>> A venda direta é aquela em que produtos e serviços são apresentados diretamente ao consumidor, por intermédio de explicações pessoais e demonstrações. É baseada no contato pessoal entre vendedores e compradores, fora de um estabelecimento comercial fixo. Amplia o potencial de expansão geográfica das empresas e serve como uma alternativa de renda (extra), com horários próprios e lucro conforme a dedicação e o número de vendas de cada revendedor. "Por ser um setor extremamente democrático, no qual os ganhos estão diretamente relacionados ao esforço e à dedicação, as vendas por relacionamento são uma ótima oportunidade para os jovens que estão à procura do seu primeiro emprego e também para profissionais experientes que, em virtude da crise, estão em busca de alternativas de renda", diz Roberta Kuruzu, diretora executiva da Abevd.
>> Existem dois modelos de venda direta: mononível e multinível. No primeiro, o revendedor compra o produto e o revende com uma margem de lucro média de 30%; no segundo, além dessa margem, o revendedor também indica pessoas que podem sugerir outras, formando uma organização de vendas. O revendedor ganha uma porcentagem nas vendas realizadas por todas as pessoas indicadas, direta ou indiretamente por ele.
>> No esquema piramidal, os produtos e serviços não têm valor comercial e, muitas vezes, nem existem. Normalmente, os participantes são remunerados somente pela indicação de outros indivíduos ao esquema, sem precisar vender nada.
Alguns pontos que podem ajudar a detectar pirâmides
>> Exigência de pagamento inicial de valores altos para adesão;
>> O trabalho "revendedor" não está claramente vinculado a um esforço real de venda verdadeira de um produto. Pode até haver alguma atividade envolvida, mas ela faz pouco sentido para a venda;
>> Há promessa de altos ganhos, normalmente em pouco tempo, mas sem que haja clareza quanto a um real esforço do participante com a venda de produtos.
Proteja-se: No site da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) você pode conferir a lista de todas as empresas associadas, conhecer um pouco mais sobre o Código de Ética do setor e, até mesmo, denunciar uma empresa ou revendedor que esteja descumprindo com as normas.
Fonte: Geração E, Jornal do Comérico