Vender é preciso… E planejar?

Embora a expectativa seja esta, boa parte dos gerentes e diretores de venda e até mesmo sócio de empresas parece não acreditar que planejar seja realmente um pré-requisito para vendas bem sucedidas em 2015

Estamos nos aproximando do início de 2015 e, em muitas empresas, do começo do novo ano fiscal. Neste momento, as equipes de vendas, ao mesmo tempo em que trabalham no fechamento dos números do ano que se encerra, começam a trabalhar nos objetivos de receita para o próximo ano.

Como sempre, nos preparativos para o início do ano, reuniões e sessões de treinamento serão realizadas, e as equipes serão estimuladas a ter contato com os altos executivos, criar senso de urgência, diferenciar seus produtos e serviços dos concorrentes, vender valor e outras mensagens desta natureza. Mas quando tudo isto termina, fica um sabor amargo e uma pergunta na boca dos profissionais de venda: mas como esperam que eu vá conseguir fazer tudo isso?

Uma das principais expectativas que se depositam nos times de venda é que eles saibam como irão alcançar as metas traçadas. Que desenvolvam um plano claro do que pretendem fazer ao longo dos próximos meses que torne viável a realização das receitas pretendidas.

O que venho notado é que, embora a expectativa seja esta, boa parte dos gerentes e diretores de venda e até mesmo sócio de empresas parece não acreditar que planejar seja realmente um pré-requisito para vendas bem sucedidas. Ao contrário, planejamento é citado como um tempo que é “tomado” da atividade de vendas. Esta, sim, importantíssima. “Podem planejar, mas não gastem o tempo que vocês têm que estar na rua para fazer isso!” Ouvi de um sócio de uma empresa outro dia.

É impressionante como os anos passam e o fator considerado mais importante para o sucesso nas vendas é o número de visitas que se faz aos clientes, e não o que o levou a visitá-los. Desde o início do século XX, a principal métrica é esta. “Lugar de vendedor é na rua!”, ainda afirmam. Fazendo o que? Pergunto eu.

O número de visitas pode, sim, ser um indicador importante, mas somente se o vendedor souber o que ele vai fazer em cada uma delas e, principalmente, se fizerem parte de um plano tático que o levará a vender o quanto ele precisa. Visitar por visitar é como jogar roleta em um cassino. Pode dar preto, vermelho, par ou ímpar. É jogo de azar onde a banca ganha sempre. Planejar, avaliar e seguir roteiros de ação, cujas chances de sucesso lhe pareçam mais concretas, é muito mais eficaz. O tempo gasto em uma visita desnecessária não pode ser recuperado. Fazer o número é importante, mas cada vez menos será possível fazê-lo sem que se tenha um planejamento adequado. O tempo é cada vez mais escasso. Usá-lo com sabedoria passa a ser um diferencial fundamental entre os vencedores e perdedores. Vender é preciso! Planejar é condição!

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