Como as empresas podem aproveitar a Copa do Mundo

O especialista em marketing Rodrigo Rivelino revela que nem todas as companhias se beneficiam de campanhas durante o mundial

A poucos meses da Copa do Mundo, a grande maioria das empresas já traçou ou corre para traçar os planos de marketing para a grande festa que se espalhará pelo Brasil. Serão 64 jogos em 12 cidades-sede durante 31 dias.

Mas será que toda empresa deve realmente investir dinheiro para se divulgar na Copa do Mundo? Para Rodrigo Rivellino, CEO da agência de marketing Aktuellmix, a resposta é não. “Não é porque todo mundo está falando sobre futebol que você tem que falar”, afirma.

Segundo Rivellino, antes de tomar a decisão de gastar dinheiro com campanhas de marketing ou promoções para a Copa do Mundo as empresas devem responder as seguintes perguntas:

1. Faz sentido para a minha marca falar sobre futebol?
2. Que mensagem eu quero passar para os meus consumidores me envolvendo com o futebol?
3. Quais valores a minha marca tem?
4. Quais são os ambientes de consumo que a minha empresa pode explorar com o tema futebol?

Se respondendo a essas perguntas a empresa chegar à conclusão que sim, deve investir na Copa do Mundo, é preciso cuidado. As marcas que não são patrocinadoras oficiais do evento não podem utilizar o nome Copa do Mundo. Até mesmo um evento para transmitir os jogos tem restrições. “Uma empresa que não é patrocinadora só pode reunir pessoas numa transmissão de jogo se for algo exclusivo para o público interno ou clientes e não envolva venda de ingresso”, diz Rivellino.

Mas independentemente de jogos, vale lembrar que durante a Copa do Mundo as pessoas vão estar mais nas ruas, irão confraternizar e viajar mais e o clima festivo pode ser aproveitado. “É um excelente momento para as empresas. A população vai viver momentos de muita festa e formação de grupos. Na hora que tiver valendo mesmo eu não tenho dúvida de que o brasileiro vai festejar”.

Com sua empresa, a Aktuellmix, Rivellino está comandando a equipe responsável pelas promoções para marcas como Coca-Cola e Johnson & Johnson. Além disso, organizou eventos como os sorteios para os jogos da Copa das Confederações e da Copa do Mundo. Para ele, a Copa do Mundo já deixou um legado. “Tivemos a oportunidade de nos relacionar com profissionais que já fizeram cinco Copas do Mundo e nos ensinaram muito. O aprendizado que tivemos desde o sorteio da Copa das Confederações até o sorteio da Copa do Mundo foi mais que um MBA em termos de evento”, diz.