O cliente mudou. E sua empresa?

Por Enio Klein

A tecnologia move o mundo. Em pouco mais de meio século, novas tecnologias transformaram o ambiente no qual vivemos de forma indelével. Esta transformação alterou a forma com que nos relacionamos em sociedade e a forma pela qual interagimos com o mercado. Sejamos nós indivíduos ou empresas. No início dos anos 90 não havia o telefone celular. Dá para imaginar o quanto este pequeno dispositivo mudou a nossa vida e, consequentemente, nossos hábitos?

O consumo é um hábito que muda na medida em que a sociedade se transforma, e nada mudou tanto a nossa sociedade como a combinação da informação com as telecomunicações. Claro que estamos falando da internet e seus incomensuráveis impactos no nosso modo de vida. Não somos mais os mesmos e não nos comunicamos mais da mesma forma.

Estamos mais perto da informação. Ficamos perto de centenas de pontos de venda reais e virtuais. Conhecemos características dos produtos, concorrentes e preços. Estamos mais preparados e cada vez mais conscientes dos nossos direitos e do que podemos exigir de nossos fornecedores. Seja no ato de comprar, seja no pós-venda.

Este cenário nos faz crer que o mercado se movimentou na mesma direção e com a mesma velocidade, certo? Errado. Não basta somente criar condições para que os clientes interajam com as empresas neste novo ambiente. Não se trata somente de publicidade, propaganda, comércio eletrônico e preços atrativos. É muito mais do que isso. Estamos falando das principais características do novo modelo: rapidez, flexibilidade, diligência no trato das questões do cliente e resposta rápida.

As empresas em nosso país estão demorando a entender isso. A resposta às questões ainda parecem estar no modelo tradicional, cercado de regras de proteção e prazos. Não são leis e regulamentos que irão transformar definitivamente as relações de consumo, mas a pressão competitiva.

Empresas rápidas e empresas lentas. Empresas que conhecem seus clientes e aquelas que não conhecem. Empresas que respeitam os clientes e as que não respeitam. Não porque as regras ou leis assim determinam, mas como condição para a sustentação de seu posicionamento e mercado. A relação de dependência e conveniência dos modelos anteriores está definitivamente quebrada. Cabe às empresas mudarem. O desafio permanece.

Enio Klein é gerente geral nas operações de vendas da SalesWays no Brasil e professor nas disciplinas de Vendas e Marketing da Business School São Paulo.

Veja também

    Noticias

    Nervos de aço: como lidar com os sentimentos frente às tragédias

    Veja mais
    Noticias

    Sindilojas Porto Alegre marca presença na maior Feira de inovação da América L...

    Veja mais
    PesquisaNoticias

    Resultados de vendas do Dia das Crianças: quase 20% dos lojistas venderam mais

    Veja mais
    Noticias

    Sindilojas POA é apoiador da 25ª Construsul

    Veja mais