Quanto menor a renda, maior a dívida
– Calote é maior nessa faixa de renda
Os consumidores de menor renda lideram os índíces de envidamento e inadimplência. Segundo pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas), 19,3% dos brasileiros…
– Calote é maior nessa faixa de renda
Os consumidores de menor renda lideram os índíces de envidamento e inadimplência. Segundo pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas), 19,3% dos brasileiros declaram ter mais de 51% da renda comprometida com gastos de cartão de crédito, cheques, carnês de lojas e empréstimos. Entre os consumidores com renda de até R$ 2.100, o índice sobe para 23,4%. A parcela que mantém pagamentos com um atraso superior a 30 dias é de 19,1%. Já na faixa salarial entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800, o comprometimento da renda acima de 51% atinge 24,1% dos consumidores, e a inadimplência, 8,8%, de acordo com o levantamento.
“É um índice elevado.
Os consumidores que estão mais endividados são os de renda mais baixa. Na faixa de renda mais alta, acima de R$ 9.600,01, o porcentual cai para 12,5% e a fatia de inadimplentes é de apenas 3,6%”, disse Viviane Seda Bittencourt, coordenadora técnica da área de análises econômicas do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV).
Entre os consumidores que recebem de R$ 4.800,01 a R$ R$ 9.600,00, 17,6% declararam um alto nível de comprometimento da renda, e 5,2% se disseram inadimplentes. Apesar do endividamento, houve uma alta de 2,4% na expectativa de compra de bens duráveis em junho ante maio, passando de 90,0 pontos para 92,2 pontos, segundo a FGV. Na comparação com junho de 2011, o aumento foi de 7,7%. “As medidas de estímulo do governo ajudaram a melhorar a expectativa do consumidor”, diz a economista da FGV.