Como liderar uma equipe composta por gerações diferentes?
Com tantos jovens no mercado de trabalho, é natural que diversos perfis de colaboradores componham uma empresa e os gestores precisam saber lidar com isso
Em todas as organizações, e principalmente no varejo, é comum que as equipes tenham pessoas de diferentes idades e gerações. Com isso, por vezes há um certo conflito entre pessoas que estão há mais tempo no mercado com outras que acabam de entrar e ainda precisam amadurecer na carreira. Porém, esta mistura pode ser positiva, desde que o gestor saiba equilibrar e potencializar as competências de cada colaborador, independente da sua experiência.
Dessa forma, a comunicação nesse meio é muito importante. Ser claro e comunicativo pode ajudar nesse relacionamento entre o líder e sua equipe. “Aprecio muito a definição de que comunicação é um fenômeno de natureza psicossocial, que envolve processos intra e interpessoais atuando simultaneamente. Em contextos que prevalece a diversidade de gerações, o líder deverá ter inicialmente uma percepção muito acurada de si mesmo e concomitante criar uma ambiência que permita a troca constante de feedbacks assertivos, que as pessoas tenham condições e sejam apoiadas no desenvolvimento da conexão empática e entendam o fenômeno da formação dos quadros de referência do outro”, explica a professora de liderança e coaching do Instituto Superior de Administração e Economia (ISAE), Melissa Antonychyn.
Outra situação que hoje é comum nas organizações é o fato de um ou mais membros da equipe serem mais velhos que o líder. Essa característica, em alguns momentos, chega a ser embaraçosa quando se fala em relacionamento. Porém, é necessário que o gestor saiba a importância e a experiência que esse colaborador tem dentro da sua equipe, pois ele conta com um vasto conhecimento, muitas vezes técnico, e até mesmo da empresa. Nessa hora, o colaborador pode ser um grande auxiliador em questões pontuais, unindo sua expertise junto a do seu líder.
Em um contraponto, há os jovens que muitas vezes passam a visão de que não são comprometidos com as questões da organização. Segundo Melissa, os jovens têm sim esse comprometimento, mas de uma forma mais atual. “Hoje, temos informação vasta, possibilidades de desenvolvermos nossas carreiras em vários países, de construirmos soluções customizadas de forma participativa, de navegarmos em opções de cargos que facilitam o entendimento do negócio no seu todo, e entendo que nossas expectativas, de querer que esse jovem tenha comportamentos das gerações que atuaram em cenários diferentes deste, é criar ambiente agônico, contrário ao que esses jovens buscam e precisam para se comprometerem”, afirma. Nesse cenário, o líder pode colocar os integrantes em áreas que eles produzam mais e melhor, como inovação, tecnologia, redes sociais.
A diversidade é positiva e é papel do líder unir e fortalecer esse grupo de pessoas. Trazer atividades que envolvam todos e que buscam o melhor de cada um colabora com a sinergia e união do grupo.
Fonte: NoVarejo