Greve dos caminhoneiros deixa comércio de Porto Alegre em alerta
Falta de mercadoria pode gerar um prejuízo de até 20% nos próximos quinze dias
A paralisação dos caminhoneiros, que já dura três dias consecutivos, ainda não impactou nas vendas do varejo da capital gaúcha. Conforme levantamento realizado pelo Sindilojas Porto Alegre, os lojistas estão em alerta em relação ao abastecimento de mercadorias e o nível de estoque. De acordo com a pesquisa, se a greve permanecer até dia 10 de março o prejuízo financeiro no período pode ser, em média, de 20%.
As floriculturas e as pets shops já sentem o impacto da paralisação. Só no caso de flores e plantas, mais de 50% do que é consumido na Capital é de fora do Estado, principalmente, de São Paulo. A alternativa para muitos lojistas tem sido o transporte aéreo – o que eleva o custo do produto e, consequentemente, é repassado ao consumidor. Já as pets shops estimam um prejuízo, até o momento, de cerca de 5%. As lojas estão com falta de mercadorias, especialmente, itens voltados aos animais domésticos de pequeno porte.
Para o segmento de vestuário a preocupação também é grande, principalmente, por ocorrer na primeira quinzena de março a troca da coleção de verão para a de inverno. “As lojas trabalham com o sistema de pronta-entrega, sem o armazenamento de uma grande quantidade de produtos. Se baixar a diversidade do estoque, as vendas cairão. Logo, o resultado dos estabelecimentos, a arrecadação de impostos e a economia da cidade”, explica o presidente do Sindicato, Paulo Kruse.
Além disso, o mês de janeiro já foi de queda nas vendas para o setor de vestuário. Em comparação com janeiro de 2014 o resultado mensal caiu 2,9%, segundo o Termômetro do Varejo – índice do Sindicato que analisa mensalmente a atividade econômica do comércio na Capital para os segmentos de vestuário e material de construção.