Maurício Dziedricki defende modelo colaborativo para gestão da Prefeitura de Porto Alegre
Entidades receberam Maurício Dziedricki, candidato à Prefeitura de Porto Alegre pelo PTB
Imagine uma cidade onde o cidadão está andando na rua, vê um buraco, e imediatamente comunica essa situação à Prefeitura. Ou então testemunha uma irregularidade e, através de um aplicativo, faz a denúncia direto para a gestão municipal. Esse é um dos exemplos de inovação que o deputado estadual, Maurício Dziedricki, candidato à Prefeitura de Porto Alegre pelo PTB, pensa em implantar na capital gaúcha, caso seja eleito. “Pretendo buscar a participação colaborativa para atuar em todas as áreas. Acredito que o cidadão pode ser um colaborar e fiscalizador, a partir do momento em que ele enxergar que é parte da cidade”, defendeu Dziedricki aos dirigentes do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região (SNDHA), Sindilojas Porto Alegre, CDL POA e Sindicato de Hoteis (SHPOA), na manhã desta segunda-feira, 8 de agosto. A ideia faz parte de uma das três plataformas prioritárias para sua gestão: Segurança, Modernidade e Colaboração.
Com o aplicativo “Porto Alegre: Capital Digital”, os porto-alegrenses vão poder fazer e acompanhar qualquer pedido de qualquer serviço da cidade, ter orientações de trânsito, acompanhar o deslocamento de sua linha de ônibus, o tempo de viagem e de espera na parada. “Tudo em tempo real”, garante o deputado.
A visão de modernidade está no transporte púbico confiável, seguro e de qualidade, porque na avaliação do candidato, só ele pode reduzir o número de carros na rua e garantir mobilidade. “Essa visão será o norte para todas as áreas da gestão pública.”
Na área da segurança, Dziedricki defende a contratação de segurança privada para a guarda patrimonial, liberando 100% do efetivo da Guarda Municipal para o patrulhamento de praças, parques e locais de grande circulação; a universalização das atividades de contra-turno escolar, usando todas as vagas disponíveis para atividades no turno inverso; transformação do Centro Integrado de Comando do Município em central de inteligência com a participação efetiva do Prefeito; maior integração com a Brigada Militar e criação de um fundo municipal, com arrecadação de recursos de origem pública e privada, para pagar horas extras e melhores equipamentos. Pequenos comerciantes, por exemplo, poderão firmar convênios com a Brigada, garantindo maior presença policial em suas regiões de interesse. “Porto Alegre terá um prefeito protagonista nesta área”, afirmou Dziedricki.
Para o presidente do CDL POA, Alcides Debus, essa postura com relação à segurança pública é importante para o gestor municipal. “As entidades aqui têm praticamente as mesmas bandeiras para Porto Alegre. Gostei da expressão ‘protagonista da segurança pública’ e da proposta de proximidade com BM. É disso que precisamos, além de melhorarmos a questão do turismo na Capital, principalmente no verão. Ainda temos a questão da construção de um Centro de Convenções e da revitalização do Cais do Porto. Sem contar com os problemas dos ambulantes, que está pior do que antes da implementação do shopping popular”, destacou.
Questionado pelo vice-presidente do Sindha, Sandro Zanette, sobre “os critérios para eleger os secretários”, Dziedricki afirmou que o arranjo será de ideias e competência. “É claro que teremos indicações políticas, mas porque não podemos ter políticos qualificados para comandar as pastas? O que vamos exigir são resultados”, afirmou.
Sandro citou ainda o Simples Gaúcho, que não tem atualização há anos, e os desafios para empreender. “É preciso coragem para empreender em Porto Alegre”, sublinhou.
O presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, lembrou a presença de outras entidades no encontro, demonstrando a união de todas elas na defesa de uma maior participação nas decisões da cidade. “Todos nós queremos uma cidade melhor, por isso estamos unidos e queremos participar efetivamente da gestão municipal. A cidade precisa planejamento estratégico com olhar para o futuro”, avalia.
Já o presidente do Sindicato de Hoteis de Porto Alegre (SHPOA), Carlos Henrique Schmidt, levantou as questões dos licenciamentos e a conduta da EPTC, “que existe mais para fiscalizar do que para orientar”.
Para Dziedricki, não é só a EPTC ou a secretaria do meio ambiente, que precisam de uma mudança na postura. “É preciso uma reformulação político-administrativa de toda a gestão”, finalizou.