7 dicas para abrir um negócio que terá sucesso na crise
Crise econômica é sinônimo de tempo ruim para os negócios? Se você acha que sim, saiba que nem sempre isso é verdade: para quem sabe aproveitar, a recessão pode ser um momento de muito sucesso empresarial.
Crise econômica é sinônimo de tempo ruim para os negócios? Se você acha que sim, saiba que nem sempre isso é verdade: para quem sabe aproveitar, a recessão pode ser um momento de muito sucesso empresarial.
Porém, como saber se esse pode ser seu caso? O primeiro passo é fazer uma autoanálise e ver se seu perfil bate com o de um empreendedor de verdade. Você está pronto para entrar em uma carreira que depende da sua disposição em assumir riscos?
“Enquanto muitos olham a crise como algo ruim, é preciso entender que é justamente com os problemas que surgem oportunidades”, afirma Fabiano Nagamatsu, consultor do Sebrae/SP. “Com crise ou sem crise, ter um negócio é sinônimo de perigo. O que dá para fazer é minimizá-lo, pelo controle das próprias ações.”
Com medo desses riscos, muitos donos de negócio adotam o “comportamento de manada”: quando todo mundo cruza os braços, esse tipo de empreendedor faz o mesmo. Quando essas mesmas pessoas saem correndo para abrir um negócio, ele novamente segue o comportamento delas.
O que era para ser uma tática de proteção apenas compromete as chances de sucesso. “Se você apenas acompanhar o movimento dos outros, perderá a capacidade de se diferenciar. A crise econômica é uma oportunidade de os empresários apostarem na sua competência empresarial, porque ela faz diferença. O ambiente econômico é o mesmo para todos, mas só alguns negócios sobrevivem justamente por isso”, explica Bento Costa, coordenador do MBA de Marketing e Varejo do Ibmec/DF.
Destacando-se da manada de empreendedores, é possível perceber o lado positivo da crise econômica: o surgimento de novas necessidades e, portanto, novos negócios, diz Marcelo Veras, CEO da Inova Business School.
“Estamos vivendo um momento histórico: nunca se viu tantas empresas centenárias serem engolidas por startups. Há muita gente com ideias procurando dinheiro; e muita gente com dinheiro procurando ideias. Quem conseguir uma boa solução terá sucesso, independente de recessão”.
Ficou animado e está preparado para abrir um negócio durante a crise econômica? Então, confira algumas ações para colocar em prática desde já e obter muito sucesso:
1. Faça um bom planejamento
Fazer um planejamento é essencial para qualquer empresa que queira criar sua identidade no mercado, afirma Nagamatsu, do Sebrae/SP. “Por meio dele, não apenas é decidido como sua empresa será conhecida pelos clientes, mas também aonde você próprio quer chegar.”
Mas claro que não basta só planejar: é preciso ir acompanhando e alterando suas decisões, porque o mercado muda muito rápido. “Com as inovações tecnológicas, o ciclo de vida de um produto ou serviço é mais temporário. Por isso, a criatividade sempre vai ser o principal ponto de um planejamento.”
2. Inove, sempre
Um ponto muito relacionado com a criatividade, e que está presente em todo empreendedor de sucesso, é a atitude inovadora. “Muitos acham que inovação é algo apenas para empresas grandes, que têm uma área de pesquisa e desenvolvimento. Porém, isso é um engano”, diz Nagamatsu. “Essa inovação pode ser algo básico, algo que o diferencie do seu concorrente”. Por exemplo, mudanças no atendimento, na divulgação, nos processos e na entrega já contam como inovações.
3. Pense no seu cliente, e não em você mesmo
Lembre-se: o sucesso da sua empresa depende da relevância do problema que você irá resolver. Por isso, de nada adianta inaugurar um negócio para só depois verificar se há mercado ou não: é preciso analisar o problema a ser resolvido e pensar na jornada que seu consumidor fará até o produto.
“É só pegar o exemplo da economia compartilhada: veja o quanto ela cresceu, mesmo na crise”, diz Veras, da Inova Business School. “Isso porque ela usa os recursos disponíveis de forma inteligente, ou seja, propõe uma solução inovadora e que ressoa com as necessidades de boa parte dos consumidores.”
4. Estude, e muito, o seu mercado
Segundo Nagamatsu, do Sebrae/SP, é preciso que seu conhecimento sobre o negócio esteja à altura do empreendimento. Ou seja: se você não empreenderá em uma área que já conhece, é preciso buscar capacitação técnica antes de abrir a empresa.
“Por exemplo, se você decide empreender e vê que o setor de mercado pet está crescendo, busque saber como atender ao público-alvo desse tipo de negócio. Isso é verdade mesmo em uma franquia: não fique achando que, por ser algo padronizado, é possível abrir mão da capacitação.”
5. Só se comprometa com gastos mais para frente
Você acha que é preciso investir muito dinheiro para dar o pontapé inicial na sua empresa? Pois está enganado: só assuma gastos fixos, como aluguel e contratação de funcionário, depois de muita preparação.
“Preparar-se é algo que pode ser feito sem nenhum custo. É preciso primeiro fazer cursos, pesquisas, teste de mercado e até mesmo uma pré-venda do seu produto ou serviço. Só depois você pode começar a contrair custos fixos. Os empresários de sucesso não gastam primeiro para conhecer seu negócio depois”, diz Costa, do Ibmec/DF.
6. Repita: o bom hoje é melhor do que o ótimo amanhã
Um conceito muito conhecido no mundo do empreendedorismo é o “Lean Startup”: a ideia de que a melhor forma de desenvolver uma empresa é testar rápido e errar rápido, crescendo por meio de estímulos práticos.
“Acabou o momento de criar um produto e lançar só no dia perfeito”, sentencia Veras. “Hoje, já tendo um protótipo, você deve lançá-lo e testar essa ideia com especialistas e alguns consumidores. Ser o primeiro é relevante na hora de sua empresa ser avaliada, especialmente se ela envolve o desenvolvimento de alguma tecnologia.”
7. Invista em um time perfeito
A economia mais burra que um empreendedor pode fazer é deixar de investir em pessoas qualificadas na empresa, afirma Veras, da Inova Business School. “Tem gente que tem uma ideia ótima, mas coloca a implementação na mão de pessoas medianas. Isso acaba com o negócio.”
Isso vale tanto para sócios quanto para funcionários: contrate apenas o melhor, e não descarta completamente a ideia de abrir mão de alguma participação na companhia. “Às vezes, é mais inteligente não ser dono de tudo. Por exemplo, se você não possui alguma competência, é melhor dividir seu negócio com um parceiro e ganhar velocidade do que tentar aprender tudo que aparece pela frente.”