“A reconstrução passa pela mão dos vendedores”

Treinador de vendas, Rafael Rocha acredita que a determinação e a criatividade é que farão a diferença

Palestrante, mentor e treinador de vendas, Rafael Rocha acredita que, mais do que em qualquer outro momento de crise já vivido pelos gaúchos, a determinação e a criatividade é que farão a diferença agora. São elas que irão moldar a trajetória daqueles que conseguirão vencer os desafios impostos pela enchente histórica de maio.

“Já passamos por várias frentes – de apoio, de voluntariado, de auxílio – e agora é o momento em que o comercial, o vendedor, o lojista precisa também fazer essa reconstrução. A retomada do desenvolvimento do Estado passa também pela economia. Sendo assim, nós, vendedores, temos de estar preparados e aptos para atender da melhor forma possível o cliente”, avalia.

Nesta entrevista, ele compartilha algumas dicas sobre o que faria – e principalmente o que não faria – em um momento como o atual, de retomada das atividades econômicas. Entre os pontos de destaque para ele está o atendimento ao cliente. Esta precisa ser uma experiência de conforto – são pessoas que perderam tudo. “A reconstrução, nesse sentido, vai passar pela mão dos vendedores, dos empreendedores, que vão oferecer seu produto ou serviço a cada cliente”, lembra. Em um primeiro momento da retomada das atividades do Sindilojas POA, Rafael Rocha foi o convidado do Café com Lojistas pós enchentes, em 17 de junho, reunindo ótimo público.

Qual mentalidade se deve ter em um momento de crise como foi a pandemia e agora com a enchente?

É a mentalidade de buscar a oportunidade. Gosto de dar um exemplo: identificar produtos com os quais trabalhava e não vai mais precisar ter aquele estoque, avaliar clientes para quem não vendia mais, negócios que não fechava mais. É o momento de tomar boas atitudes. É a mentalidade de estar aberto ao que há disponível no mercado.

Que obstáculos devem ser superados para conquistar essa mentalidade mais positiva?

Os obstáculos estão justamente em ficar olhando para trás, para como era o negócio. Ou compará-lo ao de outra pessoa, para ver quem
teve mais danos. E não é esse o propósito. É óbvio que vai haver uma diferença de faturamento, de movimento na loja. Mas, dentro desse novo cenário, o que eu preciso fazer? Por exemplo: o meu digital não era tão forte, será que não é o momento de entrar de vez ou com mais força no digital?

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