Após recuo, pesquisa da Fecomércio-RS indica aumento do otimismo do empresário do comércio

Depois de registrar queda ao longo de todo o primeiro semestre, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio do Rio Grande do Sul (ICEC-RS) apresentou elevação de 9,3% em julho, na comparação com o mesmo período do ano passado, chegando aos 111,8 pontos. A pesquisa, divulgada pela Fecomércio-RS nesta quarta-feira (30), indica o aumento na confiança dos empresários do comércio, motivada por uma melhora na percepção da condição atual (10,5%), das expectativas (13,6%) e de investimentos (3,2%). Vale lembrar que em julho/2013, o indicador apresentou seu menor valor na série histórica, fortemente influenciado pelas manifestações públicas ocorridas em junho daquele ano.

Ainda no campo pessimista, aos 87,3 pontos, o indicador de condições atuais (ICAEC) registrou avanço de 10,5% em julho/2014 na comparação com o mesmo período do ano passado. A maior contribuição para a expansão do índice veio da melhora na percepção dos empresários quanto à economia brasileira, com expansão de 23%.

Em relação ao setor e à própria empresa, os aumentos foram de 12,7% e 2,4%, respectivamente. “É importante destacar que em julho do ano passado, o indicador teve o seu pior desempenho histórico em função das manifestações de rua. Portanto, o aumento, ainda que grande nessa base de comparação não é capaz de reverter o viés pessimista da perspectiva dos empresários do comércio”, destaca o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.

No que se refere às expectativas quanto ao futuro (IEEC), a pesquisa mostrou aumento de 13,6% em julho/2014 sobre julho de /2013, atingindo 140,8 pontos. O patamar do indicador de expectativas continua denotando otimismo dos empresários quanto ao futuro, principalmente no que se refere à situação da própria empresa, cujo índice encontra-se em 153,1 pontos.

Também o indicador referente aos investimentos do empresário do comércio (IIEC) registrou alta, chegando a 107,3 pontos, incremento de 3,2% em relação a julho/2013. Foram responsáveis pela elevação os componentes de perspectiva de contratação de funcionários (7,7%) e de realização de investimentos (2,2%). A percepção quanto à situação atual dos estoques, já em patamar pessimista, registrou piora, com queda de 0,9% com relação ao mesmo período do ano anterior.