Comércio disputa Sebrae

Mesmo com três candidaturas inscritas, ainda existe a tentativa de fechar uma alternativa de consenso para a eleição do comando do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no Estado, na próxima sexta-feira. O mandato, que era de dois anos, passará a ser de quatro, e o vencedor administrará um orçamento de R$ 115 milhões em 2011 – recursos similares à receita anual de um município como Uruguaiana, com 127 mil habitantes (veja quadro).

Polêmica nos bastidores, a disputa ocorre entre lideranças do segmento do comércio e serviços, a quem cabe a próxima gestão, conforme o rodízio acertado entre o setor, na ocasião representado pela Federação do Comércio de Bens e de Serviços (Fecomércio) e pelas entidades privadas ligadas à agricultura e à indústria. Pela Fecomércio, concorre o empresário Julio Ricardo Mottin, presidente da Dimed/Panvel. Pela Federação das Associações Comerciais e de Serviços (Federasul), o presidente José Paulo Dornelles Cairoli e, pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL-RS), o também presidente Vitor Koch. Todos integram o conselho deliberativo do Sebrae.

Defensores da candidatura de Cairoli alegam existir, também dentro das entidades do comércio e serviços, um acerto de um rodízio, que daria à Federasul o direito a ser a próxima a comandar o Sebrae, já que a última gestão do setor (2005-2006) coube à Fecomércio.

Ouvidos por ZH, dois membros do conselho dizem desconhecer qualquer acerto de rodízio no segmento de comércio. Como o mandato passou a ser de quatro anos, chegou a ser cogitada uma alternância entre os três candidatos à frente do Sebrae no próximo mandato. A proposta não prosperou.