Comércio do Estado cresce 7,9% em julho, divulga Fecomércio-RS

O volume de vendas do comércio gaúcho permanece em fase de expansão. O resultado do IVC-RS (Índice de Vendas do Comércio do RS), divulgado pela Fecomércio-RS (Federação do Comércio de Bens e de…

O volume de vendas do comércio gaúcho permanece em fase de expansão. O resultado do IVC-RS (Índice de Vendas do Comércio do RS), divulgado pela Fecomércio-RS (Federação do Comércio de Bens e de Serviços do RS) em uma parceria com a FEE (Fundação de Economia e Estatística) mostra que, em julho, a variação ficou positiva em 7,9% quando comparado a julho de 2007. No varejo, a alta estimada foi de 7,8%, enquanto que no atacado a variação ficou em 7,9%.

No acumulado do ano, o comércio em geral cresceu 7,5%, enquanto que varejo teve variação de 7,1%, e atacado 7,8%. No varejo, o que se verifica é que os números estão nos mesmos patamares de 2007, quando fechou o ano em 8,1%. Segundo avaliação do presidente do Sistema Fecomércio-RS, Flávio Roberto Sabbadini, a expectativa dos empresários para o setor varejista é de que o ano feche com números similares, porém um pouco mais cautelosos. “Mesmo com a alta inflacionária e com o governo aumentando os juros, acreditamos que o crescimento fique em 8%, sustentado por um consumidor que busca cada vez mais as compras com parcelas fixas”, descreve Sabbadini, que ainda cita a alta da renda e a maturidade deste consumidor como aspectos importantes. No atacado, a previsão é de um resultado menor do que em 2007, quando fechou o ano em 9,6%. Com isso, a estimativa é de que este desempenho não se repita, e o ano de 2008 tenha variação entre 7% e 8%.

Para alcançar o bom desempenho no mês desempenho, alguns segmentos tiveram resultados importantes em julho. No comércio varejista, foi o caso de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (29,6%), e a queda mais acentuada foi em tecidos, vestuário e calçados (-7,8%). Também apresentou baixo crescimento produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,4%). Conforme uma avaliação do economista da Fecomércio-RS, Eduardo Merlin, alimentação e vestuário foram os setores mais atingidos por uma contenção de gastos em razão da inflação. “No caso da alimentação, as pessoas não deixaram de consumir, mas passaram a substituir alguns itens por outros mais baratos. No vestuário, o que ocorre é um adiamento da decisão de compra, uma vez que o consumidor espera um momento mais oportuno para gastar”, diz Merlin.

No atacado, a boa performance em julho foi muito estimulada pelos resultados da agricultura. Como exemplo, Merlin cita os números relativos a insumos agrícolas, que estão apresentando o quarto mês de crescimento para matérias primas agropecuárias, que está crescendo a uma base de 20%. No outro oposto, a indústria está enfrentando algumas baixas. O IVC atacadista indica que produtos intermediários industriais estão no quinto mês consecutivo de queda e, em julho, ficou com uma variação negativa de -8,3%. “Com estes dois setores (agricultura e indústria) há uma inversão daquilo que acontecia no ano passado, quando a agricultura vendia menos e a indústria apresentava números de grande destaque. Temos nesse ano uma reacomodação desta situação, influenciada ainda pela variação cambial, que atingiu fortemente a indústria aqui do Estado”, explica o economista.

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