Desocupação profissional no Brasil tem menor índice desde 2002

Apesar dos maus resultados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que apontou queda histórica na quantidade de novos empregos criados no país em 2008, a taxa de desocupação da população…

Apesar dos maus resultados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que apontou queda histórica na quantidade de novos empregos criados no país em 2008, a taxa de desocupação da população brasileira atingiu seu menor valor na série histórica iniciada em março de 2002. De acordo com a Pesquisa Mensal do Emprego, realizada pelo IBGE em seis regiões metropolitanas, o índice, que somou 6,8% dos brasileiros, caiu 0,8% em relação a novembro (quando chegou a 7,6%) e 0,6% na comparação com dezembro de 2007 (7,4%).

Na região metropolitana de Porto Alegre, a queda na desocupação chegou a 0,6% na comparação com novembro e a 12,6% na comparação com dezembro de 2007 (quando os desocupados representavam 5,3% da população local). Já a quantidade de pessoas ocupadas subiu 4,6% na região em dezembro. Para Carlos Cardoso, assessor econômico da Fecomércio-RS, os dados são animadores. “Em uma enxurrada de más notícias, resultados como esses são positivos”, comenta. Segundo o economista, os estudos são divergentes devido à forma de pesquisa – enquanto o Caged contabiliza todos os dados existentes, a Pesquisa Mensal de Emprego é feita por amostragem (utilizando a proporção de pessoas desocupadas em relação à população economicamente ativa).

Ainda pelo IBGE, na comparação entre dezembro e novembro de 2008 a população ocupada (22,1 milhões) ficou estável nas seis regiões analisadas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre) e cresceu 3,4% (cerca de 734 mil postos de trabalho) em relação a dezembro de 2007. Empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado representavam 44,8% da população ocupada, registrando elevação de 7,2% no ano. Regionalmente, na comparação mensal, a alta em Porto Alegre chegou a 7,7%. Já os trabalhadores por conta própria representam 18,7% da população ocupada, enquanto empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado respondiam por 13,2% da população ocupada, apresentando estabilidade em ambos os períodos analisados.

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