Líderes gaúchos vão ao Congresso pedir medidas para reconstrução do Estado

O Congresso Nacional recebeu, nesta terça-feira (27), a comitiva gaúcha formada por líderes empresariais de entidades como Federasul, Sindilojas Porto Alegre, CDL POA, Sindha, Abrasel, Secovi/Agademi, Fecomércio-RS, além da prefeitura de Porto Alegre. Participantes da audiência pública intitulada “Retomada das atividades econômicas, aspecto privado empresarial, e reconstrução dos municípios gaúchos afetados pelas severas enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul em setembro de 2023 e 2024”, os dirigentes gaúchos reivindicaram uma série de medidas ao governo federal. A reunião foi liderada pelo deputado federal Marcel Van Hatten e contou com a presença do ministro Paulo Pimenta.

Integrante da comitiva, a secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Porto Alegre, Julia Tavares, ponderou que apenas 10% das 40 mil empresas atingidas diretamente pelos alagamentos conseguiram acesso ao Pronampe, as demais, não. A secretária destacou que é preciso ampliar a mancha. “Todas as empresas tiveram queda no faturamento, e não só as atingidas diretamente. Os hotéis, toda parte do turismo, estão completamente atingidos, além da infraestrutura turística de Porto Alegre, como Mercado Público e Centro Histórico, que, além de ter que investir, ainda não tem turistas sem Aeroporto”, aponta. A secretária reforçou que o Rio Grande do Sul vai precisar da injeção de recursos e promoção turística.

Presidente da Abrasel RS e vice-presidente do Sindha, Maria Fernanda Tartoni apresentou dados de pesquisa realizada junto aos setores de comércio e restaurantes e destacou a necessidade de ampliar as parcelas de Apoio Financeiro para os Salários de dois para quatro meses, considerando que não foi gasto 15% do valor orçado de R$ 1,2 bilhão.

Para o Presidente do Sindilojas Porto Alegre, Arcione Piva, a ajuda vinda do Governo Federal é escassa e de difícil acesso. “Uma das nossas maiores pautas é a retirada da necessidade da apresentação da certidão negativa de débito. Vários lojistas ainda têm dívidas da pandemia e contraíram dívidas durante o mês de maio para pagar seus fornecedores. Esses empresários não conseguem acessar os benefícios fiscais e os empréstimos. Além disso, diversas empresas, mesmo fora da mancha, ficaram dias sem faturar. É necessário um entendimento que abranja mais empresas e, principalmente, que dê atenção às pequenas empresas”, declara.

Os dirigentes empresariais também conversaram com deputados e senadores, apresentando dados sobre a situação vivida pelo Rio Grande do Sul e pedindo uma maior atenção ao Estado.

Fonte: Sindha

 

Confira os pleitos apresentados ao governo federal:

• Novas parcelas de Apoio Financeiro para os Salários: aumentar de 2 para 4 meses o apoio, considerando que não foi gasto 15% do valor orçado de 1,2 bilhões de Reais;
• Programa de negociação de dívidas na Receita Federal, nos moldes da renegociação da Portaria PGFN 1032 (similar ao RELP, PERSE, PERT), que deverá oferecer prazo estendido, entrada  e parcelas iguais e desconto de multa e juros. A renegociação permitirá que muitas empresas recebam o apoio de salários e/ou contratem Pronampe ou BNDES. Importante a interligação com o Dataprev para atualização das pendências regularizadas pelo parcelamento;
• Empréstimo para quem está fora da mancha e para quem esteja comprometido em dívidas anteriores, privadas ou fiscais. Incluir o critério de queda de faturamento, podendo diminuir o subsídio entre 40% e 20%, para quem está fora da mancha, permitindo dobrar o número de empresas atendidas.

 

Confira os participantes da comitiva: 

ACPA – Suzana Vellinho Englert

FEDERASUL – Suzana Vellinho Englert

SINDILOJAS POA – Arcione Piva

CDL POA – Irio Piva

ACIR – Aline Colombo

AGEPES – Aline Colombo

SECOVI RS – AGADEMI – Rafael Padoin Nene

SINDEEDIN RS – Letícia Mello

ABRASEL – Maria Fernanda Tartoni

SINDHA – Paulo Geremia

Fecomércio-RS – Lucas Schifino

SMTED – Julia Tavares