Marcas investem na experiência de marca e pós-venda em suas lojas

Com a importância do ponto-de-venda já estabelecida entre os profissionais de Marketing, o mercado contenta-se não apenas em produzir materiais, promoções ou ações exclusivas nesse espaço. Algumas marcas…

Com a importância do ponto-de-venda já estabelecida entre os profissionais de Marketing, o mercado contenta-se não apenas em produzir materiais, promoções ou ações exclusivas nesse espaço. Algumas marcas já começaram a investir mais em design e arquitetura nesses pontos, algumas delas criando sua própria rede de lojas próprias – as chamadas “lojas conceito”.

Uma delas é a Nokia, que abriu em outubro, em São Paulo, uma Nokia Flagship Store, loja da marca presente nas maiores cidades do mundo. Localizada na Oscar Freire, a Nokia Store brasileira é a décima loja da marca e usa aqui um visual padronizado pela matriz. Suas paredes são revestidas de lâmpadas LED que mudam de cor de acordo com o vídeo exibido em um telão de LCD, que também é sincronizado com a música ambiente.

Vinte televisores interagem com o consumidor, detectando, através de raios infravermelhos, quando um aparelho é experimentado. Assim que detecta, um vídeo explicativo sobre o produto começa a ser exibido com conteúdo produzido pela área global de Marketing da marca. “Todos os aparelhos já estão com chip integrado funcionando, pareados com aparelhos e conectados à rede Wi-Fi”, diz Fernando Rheingantz, Gerente da nova loja em entrevista ao Mundo do Marketing.

Espaços para recepcionar o consumidor antes e depois da venda
Outro destaque fica por conta do lounge para descanso dos freqüentadores, equipado com notebooks disponíveis para uso, além de um espaço reservado para ações de pós-venda, onde os consumidores que adquiriram um produto são levados para conhecer e serem auxiliados quanto ao funcionamento e funções do aparelho.

Há ainda uma área reservada para eventos, tanto internos, como aqueles direcionados às relações B2B, com imprensa ou mesmo com consumidores. “Aqui foi realizada a cerimônia de lançamento do Nokia N96, por exemplo. Para o ano que vem, estamos montando um cronograma de oficinas exclusivas para clientes da Nokia”, conta o gerente. A importância desses espaços, segundo Rheingantz, não está na venda em si, mas no reforço da marca na mente dos consumidores através da experiência, sendo possível experimentar todo o portfólio da Nokia disponível na loja.

Oi foca no reconhecimento da marca em suas lojas
Esse é o mesmo objetivo buscado pela Oi em seus pontos-de-venda, principalmente em São Paulo, onde a operadora iniciou suas operações recentemente. As novas lojas (foto) no estado paulista, idealizadas pela agência Crama Design, responsável por todos os pontos-de-venda da operadora no país, foram pensadas de forma a apresentar a empresa aos consumidores. Para isso, utiliza como telões multimídia, material gráfico e promotores treinados para orientar os consumidores quanto ao produto e a empresa.

Esse modelo inspirou-se em outra loja da rede, localizada no Barra Shopping, Rio de Janeiro. Quando inaugurado em maio de 2007, o ponto-de-venda foi pensado como um espaço para reapresentar a marca Oi aos cariocas, já que, além do mercado de telefonia celular, a marca passou a ser utilizada em outros segmentos os quais a empresa atuava, porém com outras marcas, como internet e telefonia fixa.

Além disso, a operadora optou por eliminar o uso de senhas e realiza atendimentos pessoais através de seus promotores, que acompanha o consumidor por toda a loja, pensada de forma a facilitar a sua locomoção. “Isso faz parte do posicionamento de simplicidade que a operadora emprega. A Oi procura um atendimento simples e que incentive o consumidor a experimentar seus produtos”, diz Ricardo Leite, sócio da agência Crama Design.

Jelly pretende realizar exposições de arte no PDV
A Jelly, rede de lojas voltada ao público juvenil feminino e maior revendedora de calçados Melissa, também aposta no design e exposição para atrair consumidoras. Além do visual colorido, a rede aposta em inovações como a falta de vitrines e arquitetura arredondada, de forma a replicar o conceito irreverente da marca.

Para a mais nova loja da Jelly, aberta semana passada em Ipanema, no Rio de Janeiro, com um investimento de R$ 300 mil, a marca pretende trazer exposições de arte realizadas pela Melissa em sua loja conceito, a Galeria Melissa, localizada em São Paulo. “Toda a comunicação tem que ser integrada, e isso inclui o ponto-de-venda, o principal ponto de comunicação da marca com o cliente”, diz Ronaldo Viana, sócio da rede.

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