Mercado de Trabalho em Porto Alegre no 2º Trimestre do ano
Recuo de 8,1% no primeiro trimestre para 6,0, no 2ª trimestre
No segundo trimestre de 2025, Porto Alegre registrou uma queda expressiva na taxa de desocupação, que recuou de 8,1% no primeiro trimestre para 6,0%, segundo a PNAD Contínua. Esse avanço reflete uma redução de 18 mil pessoas desocupadas (de 65 mil para 47 mil) e uma leve estabilização na ocupação, com 741 mil pessoas ocupadas, apenas 1 mil a menos que no trimestre anterior (742 mil). A combinação sugere uma absorção mais eficiente da mão de obra, com possível saída parcial da força de trabalho, em um contexto de fortalecimento do mercado local.
Em relação ao segundo trimestre de 2024 (taxa de 7,1%, com 55 mil desocupados e 730 mil ocupados), a melhora é clara: a taxa caiu 1,1 ponto percentual, com 8 mil desocupados a menos e 11 mil ocupados a mais. Historicamente, a taxa de 6,0% em 2025 é inferior à média recente (7,4% em 2022, 6,8% em 2023 e 7,1% em 2024) e se aproxima dos níveis pré-pandemia (4,4% a 5,3% entre 2012 e 2015). Embora acima do menor nível da série (4,1% em 2014), a ocupação total atingiu um pico histórico de 741 mil, superando os 731 mil de 2013, consolidando um mercado de trabalho robusto.
Os dados da PNAD Contínua são corroborados pelo CAGED, que aponta um saldo positivo de cerca de 4.214 vagas formais no primeiro semestre de 2025 em Porto Alegre. No primeiro trimestre, o saldo foi de aproximadamente 4.214 vagas, com destaque para janeiro (+2.629 vagas, lideradas por serviços com 2.692). No segundo trimestre, o saldo caiu para cerca de 1.000 vagas, com maio (+1.397, impulsionado por serviços e varejo) e junho (+311, sustentado por serviços e construção) mostrando desaceleração, mas crescimento de 25% frente ao mesmo período de 2024 (+800 vagas). Setores como serviços e construção lideraram, enquanto o varejo apresentou volatilidade, com ganhos em bens essenciais (ex.: alimentos e farmacêuticos) e perdas em duráveis (ex.: veículos e informática).
Por Rodrigo de Assis