Piso regional no centro de polêmica

O novo salário mínimo regional, que será aplicado obrigatoriamente para os empregados que não tenham piso definido em lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho, provoca divergências entre…

O novo salário mínimo regional, que será aplicado obrigatoriamente para os empregados que não tenham piso definido em lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho, provoca divergências entre empresários e sindicatos gaúchos. A preocupação dos patrões é com o impacto concreto do benefício nos custos das empresas. Novos reajustes serão acertados com a participação do governo e aplicados nos próximos meses. Mas, se depender dos empresários, o piso será extinto.

Segundo o presidente da Federasul, José Paulo Cairoli, o piso representa um custo adicional às empresas. “A consequência inevitável desta situação é a manutenção de taxas de desemprego elevadas e de maior nível de informalidade do que ocorreria sem a sua existência”, destacou o dirigente. Os trabalhadores, por sua vez, contestam a versão do setor produtivo e entendem que a supressão do mínimo regional seria um retrocesso. O presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado, Milton Viário, foi enfático ao afirmar que extinguindo o piso o governo estará freando a economia gaúcha. “Haverá menos dinheiro em circulação e consequentemente consumo retraído, impedindo o crescimento da economia”, salientou. Para Viário, os empresários estão na contramão do processo e, por isso, a categoria, que representa 200 mil trabalhadores no Rio Grande do Sul, se mobilizará para aumentar a pressão para a manutenção do salário.

Os sapateiros do Vale do Sinos, uma das categorias beneficiadas com o piso, reforçam o coro em favor do salário, bem como defendem um aumento de 19% sobre os atuais valores. O cálculo relativo ao aumento do piso é feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e certamente ficará abaixo desse patamar. Ontem, na Assembleia, as entidades participaram de reunião para discutir a questão. Ficou definido que os trabalhadores se mobilizarão com ações em todo o Estado em favor da manutenção do piso e da sua valorização. “É uma maneira de pressionarmos para a manutenção do salário”, disse o secretário-geral da CUT-RS, João Batista.

Veja também

    Noticias

    Sindilojas POA realiza reunião de diretoria para debater temas estratégicos do s...

    Veja mais
    Noticias

    Programação de atividades para as obras do centro nesta semana

    Veja mais
    Noticias

    CAGED de dezembro 2024: Fechamento do ano do mercado de trabalho

    Veja mais
    PesquisaNoticias

    Mercado de trabalho em Porto Alegre: pesquisa do Sindilojas POA aponta desafios e ...

    Veja mais