Tecnologias expandem ganhos dos varejistas

A otimização do ponto de venda com a inserção de tecnologias tem sido uma das estratégias dos empresários do setor varejista para conseguirem aumentar sua lucratividade. Os softwares aparecem cada vez mais…

A otimização do ponto de venda com a inserção de tecnologias tem sido uma das estratégias dos empresários do setor varejista para conseguirem aumentar sua lucratividade. Os softwares aparecem cada vez mais como um recurso, que entre inúmeras possibilidades, é capaz de reduzir a divergência de preços nas gôndolas e caixas dentro de supermercados, por exemplo, diminuem em 80% os erros e imprimindo agilidade à reposição dos estoques.

A Tlantic, empresa brasileira que também atua no mercado europeu de soluções tecnológicas para o varejo, que tem em sua cartela de clientes o Grupo Pão de Açúcar (GPA), O Boticário, Carrefour, Dufry, entre outros, oferece aplicativos (apps) customizados para cada tipo de negócio, que utiliza tecnologia móvel. Com a ferramenta (que é exclusiva da Tlantic, sem concorrentes), a rede varejista consegue controle mais efetivo de toda a sua operação, conforme explicou Fernando Vargas, sales executive da empresa. “A solução é completa, atende desde o controle da precificação dos produtos, até na logística da empresa. Um dos diferenciais das ferramentas é que os gestores da operação conseguem saber o que acontece no ponto de venda em tempo real”, disse ao DCI. A solução custa a partir de R$ 269 ao mês por loja e Vargas explicou que esse custo é para empresas de grande porte, com pelo menos 20 lojas em operação. A eficácia do aplicativo é demonstrada pelos números apurados na rede portuguesa Sonae. “A precificação errada nas prateleiras é uma das maiores causas de perdas para o varejista, com a ferramenta foi percebido uma redução de 80% na divergência”, explicou Fernando Vargas. Anualmente, a Sonae conseguiu poupar cerca de 10 milhões de euros com a solução, atingindo o retorno do investimento em menos de um ano. A tecnologia é utilizada em mil lojas na Europa. Na Musgrave – um dos maiores distribuidores de supermercados da Irlanda – a redução foi no tempo e custos de logística, como a queda de gasto com combustível mediante a identificação de rotas mais rápidas para entrega, entre outras ações.

Para fidelizar e ampliar as compras por impulso, a rede de vestuário TNG – com mais de 170 lojas no País – utilizou ferramenta da Linx para a campanha do Dia dos Namorados. Com um mecanismo simples e utilização da ferramenta, a campanha ofertava combinações de looks para casais com desconto, em materiais de divulgações da loja, durante alguns dias de junho. O resultado: as vendas na data sazonal triplicaram na comparação com o igual período do ano anterior. “O retorno foi de seis vezes e meia do capital investido [a empresa não informa o valor] com a iniciativa e as vendas foram equivalentes ao que três lojas na rede faturavam, em média. Além disso, os clientes considerados perdidos pela marca foram os que mais gastaram nas lojas”, afirmou Josué Varella, gerente nacional de operações da TNG. A ferramenta conseguiu melhorar os resultados das equipes de vendas e o desenvolvimento de campanhas de marketing, por meio da análise do comportamento do consumidor e da avaliação do impacto das ações para o negócio. Além disso, a solução tecnológica mostrou-se efetiva na fidelização dos clientes às marcas. “A solução tem vantagens por ser mais eficiente, mostrar nitidamente que temos o retorno do investimento e obtermos resultados mensuráveis das campanhas. Vemos os gastos com CRM como um investimento de alto retorno”, disse Varella.

Quem também tem investido em inovações são as lojas modelo do Magazine Luiza, que receberão a solução de mostruário interativa, idealizada pela Omni Labs.
A tecnologia traz vitrine com tela transparente de alta definição em que as informações sobre os produtos vendidos na rede serão passadas ao usuário em forma de vídeos e animações. A ideia da novidade adotada pela rede é estimular os que passam pela rua a entrarem na loja.

O diretor-técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Carlos Alberto dos Santos disse anteriormente em entrevista ao DCI que o uso da tecnologia tem crescido ao longo dos anos. “O número de lojas e outros estabelecimentos automatizados praticamente dobra a cada ano, tendo em vista o planejamento e o controle das empresas, além de ser um fator de competitividade, pois cada vez mais clientes dão preferência a lojas que tenham sistemas automatizados.”
Ainda segundo Santos, essas ferramentas também são efetivamente viáveis para os pequenos e médios varejistas e ajudam na compreensão das reais necessidades do negócio. “A operação torna-se mais profissionalizada com a implementação dessas medidas, pois evitam-se erros humanos, previnem-se perdas e torna-se possível ter informação atualizada sobre o fluxo de produtos “, disse.

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