Vendas do varejo indicam retomada sustentável

É a terceira alta mensal consecutiva, quando se comparam os dados de 2016 e de 2017, fortalecendo a crença de que a crise começa a ficar para trás

O impacto positivo sobre as rendas das famílias proveniente da inflação e as indicações de que o emprego deixou de cair contribuíram para a retomada do comércio varejista em junho, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As vendas do varejo restrito cresceram 1,2% em relação a maio e as do varejo ampliado, que inclui autos, motos e material de construção, avançaram 2,5% no mesmo período.

É a terceira alta mensal consecutiva, quando se comparam os dados de 2016 e de 2017, fortalecendo a crença de que a crise começa a ficar para trás. Na comparação com igual mês do ano passado, as vendas totais do varejo avançaram 1,7% em abril, 2,6% em maio e 3% em junho. A comparação entre os primeiros semestres de 2016 e 2017 é menos favorável – houve queda de 0,1% no período. Mas o dado equivale quase à estabilidade, avaliam os técnicos do IBGE.

Os resultados de junho foram influenciados pelas vendas de móveis e eletrodomésticos, com avanço de 12,7%, seguidas pelas de tecidos, vestuário e calçados (+4,6%). O item livros, revistas e papelaria, cujo comportamento era desfavorável, cresceu 4,5%. A aquisição de bens não essenciais indica recuperação da renda.

O recuo de 0,4% nas vendas de hipermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo pode ser explicado, em parte, por antecipações de compra, haja vista o recuo de preços agrícolas ao longo deste ano, decorrente da maior oferta.

Também foi muito positivo o comportamento do comércio ampliado (+4,4% entre junho de 2016 e junho de 2017), puxado por material de construção (+7%). Neste caso, são sinais de retomada da aquisição de itens de maior valor.

A melhora dos números do varejo de junho foi disseminada, superou as expectativas dos analistas e só não faz acender uma luz verde para toda a economia, porque a área de serviços se recupera mais devagar. A Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e o SPC Brasil divulgaram nota afirmando que os dados “não mostram uma recuperação total do consumo”. Mas o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) fala numa recuperação “mais clara e com relativa intensidade”. Com a devida cautela, a retomada do comércio pode ser tida como auspiciosa.

Fonte: Estadão 

Veja também

    PesquisaNoticias

    Sindilojas POA revela pesquisa sobre as vendas de material escolar

    Veja mais
    Noticias

    Programação de atividades para as obras do centro nesta semana

    Veja mais
    Noticias

    Economia global pede atenção constante

    Veja mais
    Noticias

    Comitiva do Sindilojas POA vivencia experiências inovadoras no varejo global

    Veja mais