Mundial injetará R$ 180 milhões no País

Taxa de juros e consumo podem prejudicar o sucesso do evento.

A realização da Copa do Mundo de Futebol no País vai injetar cerca de R$ 180 milhões na economia brasileira, mas 2014 como um todo será um…

Taxa de juros e consumo podem prejudicar o sucesso do evento.

A realização da Copa do Mundo de Futebol no País vai injetar cerca de R$ 180 milhões na economia brasileira, mas 2014 como um todo será um ano difícil e marcado por alguns temas que vão exigir ações específicas das empresas para aproveitar ao máximo a oportunidade do evento e também das eleições. Essa é a conclusão de estudo apresentado ontem pela consultoria McKinsey & Company, no Seminário Perspectivas Comerciais para 2014, promovido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham).

Está complicado prever como se comportará a economia brasileira em 2014 por diversos fatores, mas as estimativas do mercado apontam para um crescimento do PIB de entre 2,3% a 2,7%, de acordo com o sócio líder de Service Line de Vendas na América Latina da consultoria, Bruno Furtado. “Há a recuperação das economias mundiais, o que pode afastar investimentos no Brasil; o País ainda possui uma taxa de juros entre as mais altas do mundo; o endividamento da população brasileira ainda é alto e há as incertezas com relação ao sucesso dos eventos (Copa e eleições)”, explicou. Três temas permearão o ano: sazonalidade e incerteza, baixo crescimento médio do consumo e mudanças de hábito do consumidor, na avaliação do consultor.

“A Copa do Mundo cabe no tema ‘sazonalidade e incerteza’. Alguns setores, como hotelaria e alimentação, observarão um momento forte de vendas e até contribuirão para geração de emprego no Brasil. Só que ao mesmo tempo, na Copa, por exemplo, teremos redução de dias úteis e aí fica mais difícil vender, o que acaba tendo impacto na produção”, explicou. Já os eventuais movimentos sociais podem afastar os consumidores dos pontos de venda; a sobrecarga nos aeroportos podem prejudicar reuniões-chave com clientes, parceiros e fornecedores.

“O pico de demanda na Copa pode gerar estoques excessivos. E as eleições podem gerar incertezas e suspensão de investimentos”, ressaltou. No que tange ao baixo crescimento médio do consumo, o sócio da McKinsey cita projeções da Tendências Consultorias. Após um crescimento do consumo das famílias brasileiras de cerca de 2,2% em 2013, a expectativa para 2014 é de um percentual entre 2% e 2,5% e para 2015, 1,9%. “Além do desempenho aquém do esperado da economia, há o alto endividamento das famílias atrapalhando o consumo”, disse. Já com relação às mudanças de hábitos do consumidor, a McKinsey disse que o brasileiro está mudando seu mix de compras – antes a prioridade era alimentação e hoje são itens como cosméticos, ou seja, de mais sofisticação e qualidade. Além disso, eles estão mais conectados, com acesso à informação e buscando produtos ligados ao conceito de praticidade e saúde.

Para se ter uma ideia, conforme a pesquisa, em 2005 o crescimento das vendas e itens considerados “saudáveis” foi de 6%; em 2010, 15%; e a expectativa para 2015 é de 21%. Segundo a McKinsey, para as empresas dominarem a sazonalidade e a incerteza, será necessário buscar o balanço entre a assertividade (previsão da demanda) e flexibilidade (da produção). “A abordagem das empresas precisa ser segmentada, com ferramentas adequadas. Ao mesmo tempo, elas precisarão de um processo produtivo ágil e flexível. É hora de extrair o máximo da força de vendas e decisões certas no ponto de venda”, destacou o especialista.

Veja também

    PesquisaNoticias

    Levantamento do Sindilojas Poa revela crescimento do comércio de vizinhança no R...

    Veja mais
    Noticias

    Edição especial do Menu Poa apresenta pautas do comércio para o futuro da capital

    Veja mais
    Noticias

    Programação de atividades desta semana para as obras no Centro da capital

    Veja mais
    Noticias

    Último dia para confirmar presença no MENUPOA especial sobre Eleições Municipais

    Veja mais